O furacão Dorian, de categoria 5, a máxima da escala Saffir-Simpson, continua a avançar lentamente pelo norte do arquipélago das Bahamas, onde causou a morte de uma criança de sete anos.
O fenômeno meteorológico avança pela ilha de Grand Bahama, após arrasar com as Ilhas Ábaco, no nordeste, onde centenas de casas estão submersas e cabos elétricos foram rompidos, árvores despedaçadas e comunicações cortadas.
De acordo com a emissora «Eyewitness News» e o portal «Bahamas Press», o menino Lachino McIntosh morreu afogado devido ao forte aumento do nível do mar nas Ilhas Ábaco pela passagem do furacão. Além disso, a irmã do garoto está desaparecida. A avó, Ingrid McIntosh, disse a «Eyewitness News» que recebeu a informação pela filha, mãe de Lachino, que achou o corpo do menino.
First death recorded in Abaco following Hurrican Dorian passage on Abaco….
BP BREAKING| The first recorded death of Hurricane Dorian is now being confirmed. Seven year-old, Lachino Mcintosh, drowned after his family attempts to relocate their home. McIntosh’s sister is missing pic.twitter.com/UQ99XPlBEa
— Bahamas Press (@Bahamaspress) September 2, 2019
As autoridades esperam que o número de vitímas aumente consideravelmente devido à destruição causada, segundo a imprensa local.
Dorian, o segundo furacão mais poderoso no Atlântico desde que se têm registros, continua impactando o norte das Bahamas com ventos de 165 milhas por hora (270 km/h) enquanto se move muito lentamente rumo ao litoral da Flórida, informou nesta segunda-feira o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos EUA.
No último boletim, divulgado às 8h locais (9h em Brasília), o NHC informou que Dorian estava 35 milhas (50 quilômetros) a leste-nordeste de Freeport, principal cidade da ilha de Grand Bahama e que está no caminho do furacão.
Os meteorologistas indicam que o ciclone gera rajadas de vento superiores às 200 milhas por hora (320 km/h) e eleva o nível do mar em até sete metros.
Esses perigos continuarão sobre a ilha de Grand Bahama durante a maior parte do dia, causando uma «destruição extrema», já que o furacão se move a menos de 2 km/h, de acordo com o NHC.
Premiê das Bahamas quer lei de evacuação obrigatória para evitar catástrofes
O governo das Bahamas deve promover uma nova legislação sobre evacuação obrigatória para evitar situações como as vividas durante a passagem do furacão Dorian, que arrasa com o arquipélago nesta segunda-feira, após centenas de pessoas nas Ilhas Ábaco se negarem a deixar suas casas.
O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, declarou que, quando a vida voltar à normalidade e o Parlamento retomar as atividades, será promovida uma nova legislação.
«Pedi duas vezes aos bahamenses para que abandonassem os cayos (ilhas rasas) e fossem à zona central», disse Minnis. Apesar das solicitações, centenas de pessoas permaneceram em áreas muito vulneráveis.
Minnis ressaltou que, apesar da gravidade da situação, muitas pessoas se negaram deixar as casas, situação que não pretende deixar que aconteça novamente.
«Infelizmente, não temos legislação vigente para evacuações obrigatórias, mas, enquanto falo, posso garantir a todos os bahamenses que, quando o Parlamento voltar, introduziremos uma legislação para evacuações obrigatórias», afirmou.
Esta não é a primeira vez que Minnis expressou a necessidade de uma legislação sobre o assunto. Há dois anos, depois do furacão Irma, Minnis prometeu promover uma lei sobre o mesmo tema.
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