Nova Iorque, 4 set (EFE)- O Google pagará uma multa recorde de US$ 170 milhões pelas acusações da Comissão Federal de Comércio (FTC, sigla em inglês) e da procuradora-geral de Nova Iorque, devido a empresa ter obtido grandes benefícios no YouTube ao compilar ilegalmente informações pessoais de menores de idade sem o consentimento dos pais.
O acordo, anunciado nesta quarta-feira pela Promotoria, exige que o Google e YouTube paguem US$ 136 milhões à FTC e US$ 34 milhões ao estado de Nova Iorquepor violar a Lei de Proteção de Privacidade Online Infantil (COPPA, sigla em inglês).
Esta multa de US$ 136 milhões é a maior imposta pela FTC desde que a lei foi sancionada pelo Congresso dos Estados Unidos, em 1998.
«O YouTube promoveu sua popularidade entre crianças a clientes corporativos em potencial», disse o presidente da FTC, Joe Simons, que votou em favor do acordo, acrescentando que relembra a relutância da «empresa em reconhecer que partes de sua plataforma estavam claramente dirigidas as crianças», por isso «não há desculpa para as violações da lei por parte do YouTube».
A lei americana exige que os sites direcionados as crianças divulguem práticas de dados e obtenham o consentimento dos pais para coletar informações sobre os menores de 13 anos.
A administração alega que o YouTube coletou informações pessoais de «espectadores de canais direcionados a crianças» sem o consentimento dos pais usando ‘cookies’, que rastreiam o comportamento do usuário na Internet.
«O Google e o YouTube, conscientemente e ilegalmente, monitoraram, rastrearam e publicaram anúncios destinados a crianças pequenas apenas para manter o dinheiro da publicidade», disse a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, em comunicado depois do anúncio.
«Estas empresas põem em risco as crianças e abusam de seu poder, por isso estamos impondo reformas importantes às suas práticas e fazendo-as pagar um das maiores multas por um assunto de privacidade na história dos Estados Unidos», acrescentou O YouTube revelou hoje que está tomando medidas: «Desde os seus primeiros dias, o YouTube foi um site para pessoas maiores de 13 anos, mas com um aumento no conteúdo da família e dos dispositivos compartilhados, a probabilidade de as crianças veem sem supervisão aumentou».
Em quatro meses, acrescentou o YouTube, ele restringirá a coleta de dados em vídeos destinados a crianças para «tratar os dados de qualquer pessoa que veja o conteúdo infantil no YouTube como proveniente de uma criança, independentemente da idade do usuário».
O YouTube disse que deixará de publicar anúncios personalizados para crianças e também desativará comentários e notificações nesses vídeos.
Além disso, recomendou aos pais que usem o aplicativo «YouTube Kids», para permitir que menores de 13 anos usem o canal por conta própria.
Além da sanção, o contrato exige que o Google e o YouTube «desenvolvam, implementem e mantenham um sistema que permita que os proprietários de canais identifiquem seu conteúdo direcionado a crianças na plataforma de vídeo, para garantir que a lei possa ser cumprida.
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