O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido por 60 países como chefe do governo local, conclamou neste sábado (16) a população para que se mantenha protestando até o ditador Nicolás Maduro deixar o poder na Venezuela.
«Temos uma agenda de conflitos de rua permanente e sustentada», disse o líder político, diante de milhares de pessoas que participaram da manifestação em Caracas.
«Hoje é o dia em que a Venezuela disse: até alcançá-lo. Temos que alcançar nosso objetivo», discursou o presidente interino no sábado, em Caracas.
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«A luta continua, até que cesse a usurpação, até que se realize a transição, até que haja eleições livres», completou Guaidó.
Cidadãos apoiadores de Guaidó se mobilizaram na capital e em outras cidades do país exigindo mais uma vez a saída do poder de Maduro, que também chamou seus milicianos a marcharem.
O presidente autoproclamado garantiu que, na próxima semana, várias organizações de funcionários públicos irão realizar atos, como professores e enfermeiros, e também revelou que vai acompanhar um ato de estudantes em frente ao maior quartel militar da capital.
«Temos que insistir, até que o poder das armas não esteja do lado desse usurpador, mas sim do lado da Constituição. É o que nos falta, é quem falta tomar uma decisão», afirmou Guaidó, referindo-se aos militares venezuelanos.
Com bandeiras da Venezuela e de partidos opositores, milhares de cidadãos apoiadores de Guaidó fizeram uma grande concentração na avenida Francisco de Miranda, em Caracas, onde ele fez seu discurso.
“Não sei se são 18 dias [de protesto]. Se é hoje, segunda ou amanhã. O que posso garantir é que teremos a liberdade de toda a Venezuela”, afirmou. Ele estava acompanhado por sua esposa, Fabiana Rosales, a segunda vice-presidente do Parlamento, Stalin González,e o vice Gilber Caro.
A manifestação de hoje foi finalizada em frente à Embaixada da Bolívia em Caracas, onde a população que quer a saída de Maduro demonstrou seu total apoio à presidente interina, Jeanine Áñez, senadora que assumiu o cargo após a renúncia de Evo Morales.
«Estamos aqui não por um simbolismo, mas sim por um fato político, social, democrático, porque nossa irmã Bolívia, a filha predileta do Libertador, alcançou a liberdade», afirmou Guaidó, referindo-se a Simón Bolívar.
Como resposta aos protestos da população, milhares de chavistas também foram às ruas e, inclusive, condenaram o que classificaram como «golpe de Estado» contra Evo Morales.
O líder opositor reforçou seu chamado às Forças Armadas para que deixem de obedecer ao ditador, que tem seu principal apoio no Exército. «Estou pedindo que se coloquem ao lado da Constituição. Esse apelo pode parecer estéril, mas é necessário, o fator que falta deve tomar uma decisão», afirmou.
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