Lisboa, 19 set (EFE)- O hacker português Rui Pinto, que criou a plataforma «Football Leaks», foi acusado pelo Ministério Público de Portugal de 147 crimes de acesso ilegal, sabotagem informática, violação de correspondência e tentativa de extorsão.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República relatou que Pinto obteve, do início de 2015 até 16 de janeiro de 2019, «conhecimentos técnicos e equipamentos adequados que o permitiram acessar, de forma não autorizada, sistemas informáticos e e-mails de terceiros».
Em setembro de 2015, o acusado criou o site «Football Leaks», o qual alimentou com documentos obtidos através do seu acesso não autorizado a sistemas informáticos de diversas entidades nacionais e internacionais, segundo a acusação.
Entre essas instituições estão o Sporting, a Federação Portuguesa de Futebol, o escritório advocacia PLMJ e a Procuradoria-Geral da República.
Segundo o Ministério Público lusitano, o hacker também acessou os computadores de diretores do fundo de investimentos Doyen Sports e, com uma identidade falsa, entrou em contato com um representante legal da empresa para pedir entre 500 mil e um milhão de euros para apagar toda a informação que possuía.
Rui Pinto, de 30 anos, foi detido na Hungria através de um mandado de prisão europeu e entregue às autoridades portuguesas em março deste ano. Desde então, está em prisão preventiva.
O hacker vazou documentos que originaram vários escândalos, alguns deles ocasionando processos por evasão fiscal. Um dos casos mais repercutidos foi a publicação dos detalhes de um acordo extrajudicial entre a modelo Kathryn Mayorga e Cristiano Ronaldo sobre um suposto caso de estupro.
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