Impressões sobre o CPAC Brasil 2019 (Vídeo)

Modesta análise de um observador comum sobre o maior evento conservador do mundo que não vai agradar a isentolândia nesquick

Por Carlos de Freitas, Senso Incomum
16 de octubre de 2019 11:16 AM Actualizado: 16 de octubre de 2019 11:16 AM

Aconteceu em São Paulo, nos dias 11 e 12 de outubro, a primeira edição do CPAC (Conservative Political Action Conference) Brasil, o maior evento conservador do mundo. Aqui vão algumas das impressões sobre o evento:

A organização pareceu boa, a retirada dos crachás, rápida. A equipe de suporte prestou todas as informações. Nada de luxo. Grátis só café e água muito bem distribuídos pelo espaço, evitando assim aglomerações de pessoas com sede ou sono, o que pode sempre descambar para olhares aborrecidos ou para a rusga direta.

Gente que só se conhecia virtualmente aproveitou o evento para dar aquele aperto de mão, aquele abraço, convidar para um chope, um jantar ou até para casamento, por que não? A temida milícia bolsolavista-jacobina-deusvult-vou-pra-maracangália não passa de gente comum, muitos, inclusive, sem nenhuma pretensão política.

Um evento desse porte serve, também, para estreitar parcerias e elaborar estratégias de ação legítimas que visem combater o aparato montado há mais de 40 anos, no Brasil, pela esquerda.

O destaque entre os palestrantes (opinião deste que vos escreve) foi a ministra Damares Alves, que fez um discurso firme e emocionante. Apresentou ao público algumas das tramoias da esquerda para embutir suas pautas em projetos de lei que nada lhes diziam respeito. Contou um pouco do seu belíssimo trabalho e da sua trajetória pessoal. Fez todo o auditório (incluindo este que vos escreve) derramar algumas lágrimas.

Para a indignação dos fabricantes de espantalhos, as mulheres foram sucesso absoluto. Ana Paula Henkel, craque do nosso vôlei, deu um show falando sobre como a inclusão de transexuais nas modalidades femininas do esporte está destruindo carreiras promissoras e lacerando a mente de moças que sonham, um dia, competir profissionalmente.

Dom Bertrand, Bene Barbosa, Rafael Nogueira, Taiguara Fernandes, Bernardo Kuster e nosso editor Flávio Morgenstern também marcaram presença. O professor e filósofo Olavo de Carvalho foi muito citado. Esse evento se deve muito a ele.

A única bronca fica para a parte brazuca que não respeitou os horários programados.

Abraham Weintraub fechou o evento falando sobre a liberdade e a importância de se lutar por ela. Fez questão de enfatizar que não se deve desprezar o inimigo que é mais forte do que nós.

Como tudo que gira em torno do governo e dos conservadores, o evento rendeu muita histeria da isentolândia nesquick que achou um absurdo usarem o dinheiro do fundo partidário para tal fim. Taiguara Fernandes desmascarou a sanha vingativa dos rejeitados nessa excelente sequência no Twitter:

O conservadorismo ainda engatinha por aqui, embora cresça a cada dia a procura de livros que abordem o tema: Roger Scruton é sucesso de vendas. Nomes como o de Edmund Burke, Chesterton, Russel Kirk e Michael Oakeshott ganham visibilidade. A ideia de que mais de dois mil e quinhentos anos de história da inteligência humana não deve ser jogada fora por mero capricho ressentido e desejo de poder ganha adeptos e divulgação.

Os valores conservadores são os que construíram e solidificaram a civilização ocidental: a filosofia grega, o direito romano e a moral judaico-cristã. É fundamental que eventos como o CPAC se alastrem por todo o país. Que mais pessoas se juntem e discutam a importância da disseminação de valores que respeitem todos os indivíduos. O CPAC foi um sucesso.

Carlos de Freitas é redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

O conteúdo desta matéria é de responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do Epoch Times

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