Por EFE
O Irã advertiu nesta segunda-feira (28) que a morte do líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, não representa o fim do grupo jihadista, que segundo o governo iraniano tem raízes no dinheiro originário da exportação de petróleo e nas políticas militares dos Estados Unidos no Oriente Médio.
«Assim como a morte do (fundador da Al-Qaeda, Osama) Bin Laden não erradicou as raízes do terror, a morte de Baghdadi não será o fim do EI», disse o porta-voz governamental, Ali Rabiei.
Horas após o anúncio dos EUA de que Baghdadi havia morrido em uma operação militar americana na Síria, o representante do governo iraniano disse em mensagem no Twitter que «os alicerces do EI não serão destruídos com bombas e mísseis enquanto existirem os petrodólares regionais e a ideologia extremista sunita».
Rabiei criticou as monarquias árabes sunitas do golfo Pérsico, especialmente a Arábia Saudita, a qual responsabiliza de financiar grupos extremistas graças ao dinheiro do petróleo.
O governo iraniano também acusou os EUA de favorecerem o terrorismo no Oriente Médio e no norte da África com as «políticas militares» e o «apoio ao despotismo».
Baghdadi detonou explosivos que carregava em um túnel quando foi cercado em Barisha, na província síria de Idlib, explicou o presidente americano, Donald Trump.
Foi Trump quem anunciou a morte de Baghdadi no domingo. O extremista era considerado o terrorista número 1 do mundo e estava na mira dos EUA desde 2014, quando proclamou um califado em amplas zonas da Síria e do Iraque.
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