Londres, 17 dez (EFE).- O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu nesta terça-feira a necessidade de resistir às tentativas do que ele considera ser uma tentativa de dividir o Reino Unido, depois que a ministra-chefe da Escócia, Nicola Sturgeon, ter antecipado que pedirá a Londres um novo referendo sobre a independência.
«Precisamos resistir às convocações daqueles que dividiriam o Reino Unido. Como Parlamento, devemos, educada e respeitosamente, defender a associação e a união do país», declarou Johnson em seu primeiro discurso na Câmara dos Comuns após as eleições gerais, nas quais obteve a maioria absoluta.
A líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que nas últimas eleições ganhou 47 dos 59 lugares reservados à Escócia no Parlamento britânico, adiantou hoje que no final desta semana pedirá formalmente ao Governo de Londres uma nova votação.
Na última sexta-feira, depois de conhecidos os resultados das eleições, Johnson falou com Sturgeon por telefone. Na conversa, sublinhou a sua oposição à realização de uma segunda consulta na Escócia, depois que em 2014 a opção de permanecer no Reino Unido foi a escolhida, com 55% dos votos.
De acordo com um porta-voz de Downing Street, escritório oficial de Johnson, o chefe de governo transmitiu à ministro-chefe escocesa seu «compromisso inabalável de fortalecer a união».
Diante dos deputados, o chefe de governo disse hoje que está determinado a fazer tudo o que for possível para dialogar com toda a câmara, encontrar um terreno comum e curar as divisões no país.
Johnson argumenta que a consulta de 2014 é vinculativa, enquanto Sturgeon considera que a iminente saída do país da União Europeia alterou as circunstâncias em que o referendo foi realizado.
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