Legisladores do partido de Morales pedem garantias para comparecer a sessões

Por EFE
12 de noviembre de 2019 8:37 PM Actualizado: 12 de noviembre de 2019 8:37 PM

La Paz, 12 nov – O partido Movimento para o Socialismo (MAS), presidido por Evo Morales, pediu nesta terça-feira «altas garantias» para poder assistir às sessões parlamentares convocadas para resolver o vazio de poder na Bolívia deixado após a renúncia do agora ex-presidente.

«Estamos pré-dispostos a uma saída constitucional, quero que fique muito claro, conforme nossos companheiros manifestaram. Mas pedimos as mais altas garantias para podermos participar», disse à imprensa a líder do MAS na Câmara dos Deputados, Betty Yañíquez, no primeiro pronunciamento do partido desde a saída de Morales.

Ao justificar o pedido, Yañíquez argumentou que as barricadas montadas por cidadãos ainda continuam perto da praça Murillo, sede dos palácios de governo e do Legislativo.

Yañíquez disse que o líder cívico Luis Fernando Camacho, contrário a Evo Morales, declarou que vai «cercar a praça Murillo», motivo pelo qual insistiu em «amplas garantias».

Segundo a parlamentar, vários deputados e senadores do MAS querem ir a La Paz para «trabalhar pela Bolívia, pela viabilidade constitucional», mas não conseguiram sair de suas regiões devido a bloqueios em alguns lugares.

Enquanto Yañíquez falava, uma manifestação de apoiadores de Morales percorria o centro de La Paz com bandeiras indígenas e bastões. Esses grupos gritavam expressões como «guerra civil» e outras contra Camacho e Carlos Mesa, o principal rival de Evo Morales nas eleições de 20 de outubro.

A senadora opositora Jeanine Áñez, segunda vice-presidente do Senado, convocou para esta terça-feira sessões extraordinárias no Parlamento para tentar resolver o vazio de poder.

A sessão marcada para as 15h30 (horário local; 16h30 em Brasília) tem como objetivo saber se Áñez pode assumir a presidência da câmara alta. Outra sessão foi convocada para as 16h (17h em Brasília) para analisar e aprovar a renúncia de Morales e do vice-presidente, Álvaro García Linera.

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