Morales acusa oposição de tentar um «golpe de Estado» na Bolívia

Por EFE
23 de octubre de 2019 3:24 PM Actualizado: 23 de octubre de 2019 3:24 PM

La Paz, 23 out – O presidente da Bolívia, Evo Morales, classificou nesta quarta-feira de «golpe de Estado» as denúncias de fraude eleitoral feitas pela oposição e pediu aos seus eleitores que sigam em «em estado de emergência» para defender a democracia contra aqueles que não reconhecerem sua vitória no primeiro turno pela quarta vez consecutiva.

Evo Morales falou a jornalistas – mas sem responder perguntas -, hoje, em La Paz, após dois dias de protestos no país por suspeita de fraude eleitoral a seu favor.

O atual presidente se considera vencedor «pela quarta eleição consecutiva», enquanto a apuração oficial de votos chega a quase 97%, com 46,49% a seu favor e 37,01% para o opositor Carlos Mesa.

Essa porcentagem coloca o presidente boliviano a apenas 0,52% dos votos para evitar um segundo turno.

O presidente previu que terá uma maioria parlamentar «em breve» para manter os dois terços que possui atualmente com que conta agora, e enfatizou ter mais de meio milhão de votos de vantagem sobre seu rival.

Além disso, o mandatário pediu atenção ao povo boliviano e ao mundo inteiro para o que chamou de «processo de golpe de Estado» da direita opositora.

Evo Morales disse que seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), não entrará em confronto, porque aguenta «humildemente» os protestos que o país vive desde a última segunda-feira.

Ele acusou seus oponentes de dificultar a apuração de votos, com atos violentos como ataques às sedes do órgão eleitoral em várias regiões e comitês de campanha de seu partido.

«Não estamos nos tempos coloniais e nem nas monarquias para designar presidentes fora da vontade popular», advertiu Morales, antes de reiterar o chamado às suas bases «para se organizarem para defender a democracia».

«É quase certo que, com o voto das áreas rurais, venceremos no primeiro turno», afirmou, denunciando que a direita não quer reconhecer sua vitória.

Ele ressaltou que não é responsável «pelo confronto entre bolivianos» e acusou a direita de «instigar o ódio e ignorar o voto do movimento indígena».

O presidente alertou que as greves de protestos convocadas em algumas regiões do país para hoje apenas prejudicam a economia e as classificou de políticas.

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