Mulher recebe US$ 3 milhões após passar 35 anos cumprindo pena por crime que não cometeu

Por JESÚS DE LEÓN
01 de septiembre de 2019 2:37 PM Actualizado: 02 de septiembre de 2019 8:58 AM

Uma mulher de Nevada, nos Estados Unidos, passou 35 anos na prisão por um assassinato que não cometeu e receberá 3 milhões de dólares.

Depois de uma solução parcial de uma disputa, o Condado de Washoe pagará para Cathy Woods, de 68 anos, uma compensação de US$ 3 milhões, por ter passado, injustamente, 35 anos na prisão por um assassinato que ela não cometeu em 1976, informou a mídia americana Kolotv, na terça-feira.

A compensação de Cathy Wood ocorre cerca de três anos depois que ela entrou com uma ação federal pelos direitos civis contra o Condado de Washoe, Nevada, a ex-advogada do condado e detetives, por sua condenação injusta no assassinato de Michelle Mitchell, uma estudante de enfermagem, de 19 anos, de Reno, que foi encontrada com as mãos amarradas nas costas e a garganta cortada, segundo a revista People.

Em 1979, Cathy Woods foi acusada criminalmente e condenada pelo assassinato da estudante universitária.

Woods foi libertada da prisão há quatro anos, quando novas evidências de DNA de uma ponta de cigarro encontradas na cena do crime foram ligadas a um prisioneiro do Oregon recentemente condenado por dois assassinatos na Califórnia.

Cathy Woods continuará a buscar danos adicionais da cidade de Reno e dos ex-detetives que ela acusa de coagir uma confissão feita enquanto era paciente em um hospital psiquiátrico da Louisiana em 1979, de acordo com sua advogada, Elizabeth Wang.

Woods, que agora vive com parentes perto da cidade de Anacortes, Washington, foi a mulher injustamente presa por mais tempo na história dos Estados Unidos, segundo o Registro Nacional de Exonerações.

«Estamos satisfeitos por termos conseguido chegar a um acordo parcial e esperamos que o dinheiro contido no contrato chegue aos seus cuidados, e é disso que ela precisa», disse a advogada Elizabeth Wang à revista People.

Um processo separado movido contra o Estado no início deste mês também continuará, disse Wang, sob uma nova lei de Nevada que entrou em vigor este ano e que permite que os condenados injustamente busquem até US$ 3,5 milhões em danos civis. O processo federal busca danos monetários não especificados.

A condenação inicial de Woods, em 1980, foi revogada pelo Supremo Tribunal de Nevada. Ela foi condenada novamente em 1984, e a Suprema Corte confirmou em 1988.

A tecnologia do DNA vinculou as evidências a Halbower. Detetives de Reno e norte da Califórnia o identificaram mais tarde como o «Assassino de Gypsy Hills», em homenagem a uma área da cidade de Pacifica, na área da baía de San Francisco, onde um corpo foi encontrado.

«A condenação de Woods e a subsequente prisão por assassinato são uma situação trágica que o Condado de Washoe espera que nunca se repita», afirmou o condado, segundo a AP. «Embora o dinheiro raramente possa compensar um indivíduo pela perda de liberdade, o Condado de Washoe espera sinceramente que esse acordo monetário seja usado para o melhor atendimento possível de Woods».

O processo federal de Woods, aberto em 2016, diz que ela era uma mulher com baixa escolaridade e com uma grave doença mental que foi «intencionalmente enquadrada» pelas autoridades.

«Nunca houve nenhuma evidência física ou outra qualquer outra prova contra ela», disse Wang à People.

Ela era garçonete em Reno quando mataram Mitchell. Mais tarde, ela se mudou para Louisiana e sua mãe a internou no hospital psiquiátrico, onde Woods disse a um conselheiro que «uma garota chamada Michelle havia sido morta em Reno».

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