Por Anastasia Gubin, Epoch Times
Senadores mexicanos denunciaram irregularidades e fraudes na eleição da nova presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos do México e formalizaram ontem (11) perante o Conselho de Administração uma petição para que ela seja impedida de tomar posse em 12 de novembro.
A solicitação submetida ao Conselho de Administração deve apresentar um relatório ao Controlador do Senado e ao Ministério Público, informou o jornal El Universal.
A senadora do Partido de Ação Nacional (PAN), Xóchitl Gálvez, disse que María del Rosario Piedra Ibarra, membro do Movimento Nacional de Regeneração (Morena), partido apoiado pelo atual presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, não pode assumir o cargo no CNDH.
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Segundo Gálvez, a eleição teria sido fraudada pelos membros do Morena, já que dois votos foram omitidos na contagem a fim de permitir que sua candidata tivesse maioria. A fraude pode ser constatada em um vídeo que a senadora apresentou em uma coletiva de imprensa.
¡Encontrado segundo voto! Las pruebas son contundentes.
Debe reponerse el procedimiento de votación. No hay pretextos.
La conclusión es la misma: Rosario Piedra no debe tomar protesta.#DejenDeMentir
Video original de @CanalCongreso ??https://t.co/6e8JrT1N41 pic.twitter.com/W06RNmPGQx
— Xóchitl Gálvez Ruiz (@XochitlGalvez) November 11, 2019
O vídeo apresentado pela senadora mostra o momento em que o senador Primo Dothé, do partido oficial Morena, conta os votos e separa um deles, ao lado da urna, sem que esse seja contabilizado na contagem final.
O segundo voto oculto, a favor de José de Jesús Orozco, estaria nas mãos da pessoa que também fez o escrutínio, Martha Guerrero, que negou as acusações, mas reconheceu que havia um voto a mais do que o anunciado, segundo o El Universal.
A candidata do Morena, Rosario Piedra, obteve 76 preferências de um total de 116 votos, por isso não tinha a maioria necessária. Na suposta votação fraudulenta, foram computados 114 votos que definiram seu titular.
? Te compartimos los asuntos tratados en la sesión de #HoyEnElSenado. https://t.co/imLINVZQZi pic.twitter.com/gbW0n86A3L
— Senado de México (@senadomexicano) November 8, 2019
«É impossível e inaceitável validar os votos de qualquer cidadão que esteja violando a constituição», disse a vice-coordenadora Josefina Vázquez, membro do PAN, segundo matéria do El Universal.
No dia da votação, em 7 de novembro, Vázquez também chamou a atenção para o fato de o chefe do CNDH, um órgão autônomo, ser um membro do partido e, pior ainda, do partido oficial.
La activista @RosarioPiedraIb obtuvo 76 votos de 114 por el Senado para dirigir la @CNDH.
? Presidencia.
• #Notimex pic.twitter.com/8naonb6fwU
— Notimex (@Notimex) November 7, 2019
«Hoje morreu um pouco da nossa Democracia, um pouco da Justiça e um pouco da Liberdade», disse ela em sua conta no Twitter.
Por outro lado, a candidata, María del Rosario Piedra, enfatizou em sua rede social que “uma nova fase para os direitos humanos começa hoje. Sou grata às pessoas que confiam em mim, podem ter certeza de que vou trabalhar da mesma maneira que tenho trabalho há mais de 40 anos.”
Os PANistas disseram ontem que se faz necessário um novo procedimento eleitoral, desta vez perante um notário de painel aberto para validar os dois terços exigidos em tal votação, em conformidade com o artigo 2 da Constituição.
No se enreden, 116 senadores presentes confirmado por @RicardoMonrealA.
Se ocupan 78 votos tuvo 76 NO completan, punto.
Art. 102 de la constitución.
Lo demás es mitote, ruido y distracción.
Reposición de la elección #CNDH pic.twitter.com/ppaDDvJAmo— Lupita Saldaña Cisneros (@LupitaSaldana_) November 11, 2019
Segundo o jornal El Milenio, o líder do Morena no Senado, Ricardo Monreal, publicou um tuíte confirmando que havia 116 votos e não 114, mas a postagem foi excluída posteriormente.
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