O deputado venezuelano Wilmer Azuaje e o presidente da subcomissão de Direitos Humanos da Assembleia Nacional (AN) Franco Casella, apresentaram na segunda-feira (9) perante o Tribunal Penal Internacional de Haia mais de 400 fotografias que mostram as execuções extrajudiciais do policial rebelde Oscar Pérez e seis de seus colegas.
Azuaje escreveu em sua conta no Twitter: “Em Haia, no Tribunal Penal Internacional, apresentamos queixa formal e bem documentada (mais de 400 fotos) do massacre de Oscar Pérez e seus companheiros. Pedimos justiça!»
Tal como revelam as imagens publicadas pelo jornal El Mundo, Pérez foi baleado no pescoço e na cabeça, apesar de ter anunciado sua rendição minutos antes de ser morto pelos agentes chavistas. A promotora geral exilada, Luisa Ortega Díaz, disse à imprensa espanhola que Pérez e seus seis companheiros entrincheirados em Junquito, Caracas, foram executados.
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Segundo a CNN, Pérez ganhou a fama de «Rambo venezuelano» em 2017, quando lançou granadas inativas de um helicóptero sobre o Supremo Tribunal de Justiça no meio de uma onda de protestos.
A partir daí, o regime de Maduro considerou a ele e a seus homens como terroristas. Mas foi em janeiro de 2018 que 500 soldados, policiais e paramilitares o emboscaram no distrito montanhoso de El Junquito, onde se refugiaram.
Depois que Pérez tentou negociar sua rendição, os policiais chavistas atacaram a casa onde ele estava com metralhadoras e granadas impulsionadas por foguetes. Segundo as declarações de Maduro, os homens dentro da casa abriram fogo primeiro, matando dois policiais e ferindo outros seis.
No entanto, membros da oposição asseguram que os paramilitares foram enviados para executá-los. Durante o tiroteio que durou horas, Pérez, cinco homens e uma mulher foram mortos.
“Queremos resgatar os valores, a moral e os bons costumes de nosso país, essa é nossa convicção, é o nosso legado, somos filhos de Bolívar de Miranda de Piar e hoje é o momento de prestar homenagem aos mortos. A homenagem aos caídos não é apenas estar aqui neste momento, a verdadeira homenagem é que essa ditadura caia, e que fique claro, daremos a vida para isso, se necessário. Maduro, sua tirania acabou”, disse Pérez em um vídeo que circula nas redes sociais junto com seus parceiros de luta.
O presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, também se pronunciou em favor da justiça para Pérez e seus colegas assassinados.
“Oscar Pérez e seus companheiros foram executados pela ditadura. A evidência foi apresentada ao Tribunal Penal Internacional. Esses crimes não prescrevem. Continuaremos lutando por justiça para nossos mártires, o sacrifício deles não será em vão”, escreveu ele no Twitter.
#ÓscarPérez y sus compañeros fueron ejecutados por la dictadura. Fueron presentadas ante la Corte Penal Internacional las pruebas.
Estos delitos no prescriben. Seguiremos luchando para hacer justicia para nuestros mártires, su sacrificio no será en vano.
— Juan Guaidó (@jguaido) December 9, 2019
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