A mídia chique e o beautiful people alardearam o ataque do presidente americano contra o Irã como algo inaceitável, um ato de guerra e uma atitude irresponsável. Não que a estupidez de ambos seja lá grande surpresa para mim, mas a incapacidade das classes falantes e a obstinação em palpitar sobre algo acima de suas esdrúxulas capacidades não deixam de ser bons ganchos para uma análise correta do ataque ordenado por Donald Trump.
Dentre tantas bobagens proferidas por nossos ‘’especialistas’’, a mais impressionante é a de que todo este clima beligerante começou com a saída do acordo nuclear com o Irã dos EUA em 2018. Para as cabecinhas iluminadas brasileiras, foi nesse momento que Trump abriu a caixa de Pandora e a coisa desandou. Esquecem convenientemente que o Irã é uma nação hostil aos EUA desde 1979, que desde então a República iraniana é aliada fiel a grupos terroristas islâmicos – até mesmo abrigou líderes da Al Qaeda – e forma com o esquema russo-chinês e seus pares o bloco antiamericano, que representa séria ameaça aos EUA na área militar. Não foi Donald Trump a dar o start aos acontecimentos presentes; Irã e EUA são inimigos de longa data.
As conexões do Irã com grupos terroristas são patentes demais para eu insistir nisso. O general Soleimani foi morto no Iraque, mesmo sendo iraniano. O que ele estava a fazer por lá? Tirar férias ao mesmo tempo em que a embaixada americana no Iraque sofreu um atentado criminoso – atentado esse coordenado por milícias terroristas? Óbvio que não. O governo iraniano tem uma rixa histórica com a Arábia Saudita por influência e poder no Oriente Médio – ainda que conflitos como esse não sejam grande ameaça à integridade da Irmandade Muçulmana. Então é idiotice pura e simples tratar as ações do Irã como simples atitudes nacionalistas, uma vez que o regime xiita tem pretensões geopolíticas que ultrapassam suas fronteiras.
Outra histeria maluca é a ideia de uma guerra entre EUA e Irã. Desde a posse de Donald Trump, seus opositores alardeiam essa possibilidade. Primeiro foi o caso das tensões com a Coreia do Norte, que terminaram em encontros diplomáticos e zero de ataques – mesmo com o fracasso recente desses encontros. Depois foi a transferência da embaixada americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, fato interpretado como irresponsabilidade provocativa e ameaçadora – mais uma vez, nada ocorreu. Agora é que estamos a ver. O disco dos haters de Trump nunca vira.
Como não pode deixar de ser, o caráter de Trump mais uma vez é colocado em xeque. Ele é maluco intempestivo e uma ameaça à paz mundial, dizem. A simples atitude de matar um general do lado oposto parece ser um crime tão abominável quanto os ataques do 11 de setembro.
Esse espantalho criado pelos democratas e pela grande mídia é puro chilique mentiroso. Donald Trump eliminou um líder sanguinário que não se importaria em derramar sangue americano ou de qualquer outra nacionalidade em busca de seus objetivos. Ao retaliar o ataque à embaixada americana feita por grupos ligados a Soleimani sem matar civis, o presidente americano fez o seu papel e de forma bem feita. Não vejo toda essa indignação do esquerdismo chique quando EUA e Israel são alvos do terrorismo islâmico. O que sempre acontece é a inversão cínica de papéis: os representantes do mundo livre sempre são culpados por atos contra eles próprios, o eixo do mal é sempre vítima do imperialismo americano.
Porém, uma hipótese estúpida chamou minha atenção em particular: a de que Trump ordenou o ataque por pensar em uma lógica eleitoral e desviar a atenção do público americano em relação ao impeachment que corre contra ele no Senado. De tão estúpida que é, a alegação foi contrariada até mesmo pelo sr. Guga Chacra – o homem das causas impossíveis. Os eleitores republicanos são isolacionistas, querem os EUA longe de guerras e desejam o governo americano cuidando de seu próprio país. Além do impacto financeiro que uma guerra causa, os conservadores sabem muito bem que tropas americanas espalhadas pelo mundo é desejo dos globalistas – que querem a instauração de um governo mundial e a eliminação das soberanias nacionais, incluindo a americana. Começar um conflito malquisto por sua própria base eleitoral é mesmo pensar em lógica de campanha. Ao menos para o establishment jornalístico brasileiro.
Carlos Junior é jornalista. Colunista dos portais «Renova Mídia» e a «A Tocha». Estudioso profundo da história, da política e da formação nacional do Brasil, também escreve sobre política americana
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