ONU apoia auditoria da OEA nas eleições presidenciais bolivianas

Por EFE
25 de octubre de 2019 5:52 PM Actualizado: 25 de octubre de 2019 5:52 PM

Nações Unidas, 25 out – O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou nesta sexta-feira apoio à auditoria das eleições presidenciais da Bolívia que será realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e ofereceu ajuda da ONU no processo.

Guterres disse a jornalistas que tanto o governo da Bolívia como a própria OEA comunicaram à ONU que essa auditoria acontecerá após os protestos no país em meio a denúncias de fraude eleitoral.

«Apoiamos totalmente a auditoria. Estamos à disposição da OEA caso precise de qualquer tipo de experiência que possamos oferecer», afirmou.

Guterres recebeu hoje na sede da ONU o ministro das Relações Exteriores boliviano, Diego Pary, que deixou o local sem falar com jornalistas.

O chanceler chegou a Nova Iorque depois de passar por Washington, onde foi à OEA para defender a lisura do processo eleitoral e criticar a organização.

Diante de suspeitas de fraude, a OEA e a União Europeia (UE), além de vários governos, solicitaram a realização de um segundo turno para eliminar dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral.

Em Washington, o chanceler boliviano afirmou que o governo do país sul-americano trabalhará com a OEA para realizar uma auditoria, mas não quis dizer se o resultado final seria considerado obrigatório.

«Estamos prontos para o processo (de auditoria) começar. Mas, na Bolívia, os resultados reconhecidos são aqueles emitidos pelo Supremo Tribunal Eleitoral», afirmou Pary.

A apuração divulgada ontem dá a Evo Morales, candidato à reeleição pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS), 47,07% dos votos, contra 36,51% do opositor Carlos Mesa, da aliança Comunidade Cidadã, que não reconhece a contagem por considerá-la fraudulenta e pede a realização do segundo turno.

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