O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a aprovação da reforma da Previdência permite ao governo garantir previsibilidade aos investidores chineses e árabes interessados em apostar no Brasil.
“O país está solvido do ponto de vista previdenciário. O Brasil não quebra mais», disse Onyx pouco depois de chegar a Pequim para reuniões preparatórias para a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo o ministro, a próxima medida do governo será enviar ao Congresso no início de novembro uma medida provisória para estimular a geração de postos de trabalho. A expectativa é criar três milhões de empregos, mas não há detalhes de como isso deve ocorrer.
Onyx afirma ainda que agora vai trabalhar ao mesmo tempo nas reformas administrativa e tributária. Ele estima que as mudanças na estrutura do Estado devem ser aprovadas pelo Congresso até março do ano que vem, enquanto a reforma tributária sairia antes das eleições municipais marcadas para outubro de 2020.
O ministro vem defendendo internamente no governo que a atual gestão foque seus esforços na reforma dos impostos federais (IPI, PIS e Cofins), mas ressalta que o desenho da proposta está a cargo do ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Nunca vi passar no Congresso uma reforma tributária que mexa ao mesmo tempo com toda a estrutura. Os interesses dos governadores são muito distintos”, afirmou. “É melhor organizar os impostos federais, mostrar os benefícios, para que depois os estados sigam pelo mesmo caminho”.
O titular da Casa Civil pondera também que a abertura unilateral da economia – por meio da reforma da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul – deve ocorrer junto com a reforma tributária. “Temos que seguir nessa direção, mas dar um grau de compensação. Não tem sentido simplesmente arrombar o mercado”, diz.
Onyx avalia que a crise no PSL, partido do presidente Bolsonaro, não vai atrapalhar o andamento dos projetos do governo. Ele diz que o Congresso tem “maturidade” e que turbulências nos partidos acontecem de forma “rotineira”.
O ministro fez questão de frisar que o governo aprovou a reforma da Previdência contra todas as previsões e atacou a imprensa. “A imprensa não acreditava na reforma da Previdência e só repercute o que a esquerda europeia faz contra o Brasil”, disse.
Com informações da Folhapress
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