Por Sabrina Martín, Epoch Times
O regime comunista de Nicolás Maduro está se preparando para reprimir a oposição venezuelana através de um plano que ele batizou de «Operação Centurião»; isto depois do desafio feito pelo presidente encarregado Juan Guaidó para que Maduro se manifestasse este sábado, 16 de novembro.
Uma matéria publicada pelo site Infobae revela que a tirania de Maduro tem um plano de não somente militarizar as ruas de Caracas, mas também bloquear as principais ruas e avenidas, cortar as comunicações e a Internet e implementar racionamento de gasolina e eletricidade.
“Operación Centurión”: el plan de Nicolás Maduro para reprimir la marcha opositora del 16N | Por Laureano Pérez Izquierdo https://t.co/mUk8wW2cR2
— infobae (@infobae) November 14, 2019
Parece que o Plano Centurião será uma mistura de ações repressivas que o regime pretende implementar para neutralizar qualquer ação da oposição venezuelana.
Leia também:
• Policiais e estudantes se enfrentam durante protesto na Venezuela
A matéria indica que a «Operação Centurião» foi projetada pelo Alto Comando Militar para evitar revoltas que de alguma forma queiram copiar os protestos na Bolívia, que alcançaram, entre outras coisas, a queda do ditador Evo Morales e sua fuga do país.
Mas Maduro, ao contrário de Morales, tem o apoio das Forças Armadas Nacionais, que já foram capazes de pegar em armas contra o povo e causar uma repressão histórica que resultou em cerca de 7.000 mortes extrajudiciais e quase 500 presos políticos.
É preciso lembrar que o próprio Maduro anunciou sua decisão de armar 320 mil milicianos com fuzis para patrulhar as ruas. Trata-se de civis chavistas armados sem qualquer preparação respondendo às ordens do regime para «defender a revolução».
Além do estabelecido nesta operação, o chavismo também contará com uma contra-marcha, normalmente formada por funcionários públicos obrigados a apoiar Maduro para manter seus empregos.
A tudo isso se soma a denúncia do deputado da oposição Jorge Millán, que recentemente denunciou que Maduro aproveitará o protesto convocado pelo presidente encarregado Guaidó para levantar acusações de terrorismo e denunciar planos subversivos.
Coletivos armados nas ruas
Como é de seu costume, o regime de Nicolás Maduro já confirmou que neste sábado coletivos chavistas armados sairão às ruas para defender a revolução.
O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, disse que «eles têm todos os mecanismos ativados para sair às ruas».
Ele disse em tom ameaçador que grupos armados sairão para defender «nosso país e nosso povo também». «Vamos ver o que acontece no dia 16 de novembro», declarou.
«Desperta Venezuela»
O presidente encarregado Juan Guaidó convocou o país sul-americano a retomar as ruas da Venezuela para protestar contra a ditadura comunista de Nicolás Maduro em uma nova manifestação com o slogan «Desperta Venezuela».
O chamado da oposição chega em meio a grandes dúvidas dentro da dissidência, porque um setor da população pede que a convocação seja para tomar as «ruas sem retorno» e se manterem firmes para conseguir a cessação da usurpação.
Líderes da oposição como María Corina Machado destacaram que a chamada para as ruas deve ser permanente, sem mudança para o diálogo com o chavismo; por outro lado, aqueles que estão mais próximos de Guaidó ainda não forneceram uma previsão de quanto tempo essas manifestações durarão e se continuarão indefinidamente.
As dúvidas surgem porque, ao mesmo tempo em que o presidente encarregado convoca a população para ir às ruas em 16 de novembro, dentro do mesmo Parlamento começaram a escolher supostos representantes da CNE para realizar «eleições livres». Resta esperar para saber para onde a oposição venezuelana direcionará seus esforços a fim de conseguir a queda de Maduro.
Esta matéria foi originalmente publicada por PanAm Post
O conteúdo desta matéria é de responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do Epoch Times
Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando
¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.