Uma hora depois de ser solto, Lula gritava do alto de um palanque que deveria ser feito no Brasil o que estava sendo feito no Chile. Naquele mesmo dia, igrejas estavam sendo depredadas e incendiadas naquele país, como sequência de uma onda de violência promovida pela esquerda chilena, com a participação – segundo investigações – de agentes cubanos e venezuelanos.
A declaração de Lula foi tanto uma ameaça quanto uma convocação. Ele é o líder de uma rede de organizações que tem no currículo centenas de atos de terrorismo, desde bloqueio de estradas a invasões de fazendas e edifícios.
Uma semana depois, Paulo Guedes declarou o seguinte: “Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, burro, não está à altura da nossa tradição democrática. Nós construímos há 30 anos uma democracia extraordinária”.
Onde está a ameaça ou a convocação a um novo AI-5 no Brasil?
Respondo: está apenas nas cabeças de socialistas cínicos e de liberais comprometidos com o politicamente correto.
Obviamente, a referência ao AI-5 foi desnecessária e infeliz, mas foi só isso. É absurda a interpretação de que ele invocou uma nova ditadura no Brasil. Primeiro, porque não há nada na biografia dele que indique essa mentalidade. Segundo, porque simplesmente não teve.
O que ocorreu foi que a esquerda conseguiu transformar Paulo Guedes no espantalho da semana. É para ele que as pessoas devem olhar, enquanto absurdos reais acontecem.
A principal manchete dos jornais e telejornais deveria ser a libertação do chefe da maior organização criminosa do país, cuja sede parece ter se transferido do Palácio do Planalto para o STF.
A grande imprensa deveria estar destacando no noticiário todos os bandidos que vêm sendo soltos por causa da decisão do STF sobre prisão após condenação em 2° instância. Deveria preencher suas páginas com a indignação de juízes e promotores com o STF. Deveria publicar reportagens sobre as relações da esquerda com grandes redes de tráfico de drogas. Deveria perguntar ao Marcelo Freixo porque ele milita tanto contra as milícias, mas nunca fez nada contra os traficantes que sitiam as favelas, aterrorizam os moradores e aliciam crianças no crime, dando-lhes todo tipo de armas e liberdade para usá-las.
A grande imprensa deveria investigar quem financia as viagens e os hotéis de Lula. Deveria questionar o apoio de todos ditadores de Cuba e da Venezuela dão à Lula, lembrando os leitores dos bilhões que o ex-presidente desviou do Brasil para aqueles regimes assassinos.
Deveria, sobretudo, destacar a grande redução da violência que Sérgio Moro vem conseguindo promover em tão pouco tempo, aproveitando para fazer uma pergunta: porque os governos anteriores, de esquerda, não fizeram isso?
Essas coisas é que deveriam estar preenchendo massivamente os jornais e telejornais, não uma citação sem profundidade como a feita por Paulo Guedes.
Os liberais não devem cair nesse jogo.
Uma das principais estratégias da esquerda é criar esses espantalhos. Inventaram a notícia de que Jair Bolsonaro estaria ligado ao assassinato de Marielle para tirar do foco o envolvimento de Lula no assassinato de Celso Daniel – este crime sim cheio de evidências e testemunhos contra o petista.
Paulo Guedes tem uma biografia incompatível com o autoritarismo. Ele próprio registrou seu apreço pela democracia na mesma declaração em que cita o AI-5. Portanto, não há nada, nadinha de absurdo no que ele disse. O único absurdo é isso ter se transformado em notícia, depois em polêmica, em convocação para dar explicações no Congresso e em todo tipo de manchete canalha da imprensa.
Mas fiquem tranquilos. O assunto acaba amanhã. Na semana que vem o espantalho será outro.
As opiniões expressas neste artigo são de opinião do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.
Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando
¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.