Por Debora Alatriste, Epoch Times
O Peru está perto de assinar um acordo que aumentará o investimento do setor privado em energia e infraestrutura pelos Estados Unidos no país andino, declarou uma diplomata peruana.
O acordo a ser assinado é um memorando de entendimento que faz parte do programa «America Grows» (América Cresce), uma iniciativa americana lançada em 2018 que busca neutralizar a influência da China, com a sua Nova Rota da Seda, na América Latina e no Caribe, segundo a Reuters.
A China é parceira comercial desde 2010 e, nos últimos sete anos, continua sendo a principal, disse Edgar Vásquez, titular do Ministério de Comércio Exterior e Turismo, segundo o jornal El Peruano.
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O programa «América Cresce» se concentra na criação de um ambiente propício ao investimento do setor privado em energia e infraestrutura, de forma transparente, competitiva e alinhada às melhores práticas internacionais, afirmou o Departamento de Estado dos Estados Unidos.
«Está em fase final de negociação, está sendo avaliado pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Ministério da Economia e Finanças do lado peruano, porque houve alguns comentários e observações do lado americano (Estados Unidos)», disse Cecilia Galarreta, diretora da América do Norte do Ministério de Relações Exteriores do Peru para a Reuters.
O Departamento de Estado enfatizou que o programa tem como objetivo ajudar os países a melhorar seus marcos regulatórios e estruturas de aquisição para atender aos requisitos de financiamento de projetos com recursos limitados.
Tem como objetivo, também, facilitar os projetos do setor de infraestrutura, desde os estágios iniciais dos estudos de viabilidade até as decisões finais de investimento.
E também conectar o setor privado dos EUA com oportunidades na região a fim de promover a diversificação do mercado, a segurança energética e o crescimento contínuo.
Mauricio Claver, consultor especial do presidente Donald Trump, disse que o programa entrará em vigor no início de 2020, conforme divulgado por Univision.
Peru e a nova Rota da Seda
Segundo a BBC, a nova Rota da Seda (BRI, na sigla em inglês) tem como objetivo principal conectar a China à Europa, ao Oriente Médio e à África, mas depois incluiu a América Latina.
Os países que assinaram memorandos de entendimento com a China foram Panamá, Uruguai, Equador, Venezuela, Chile, Uruguai, Bolívia, Costa Rica, Cuba e Peru.
O Peru aderiu à iniciativa logo após a visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, para alertar sobre os «empréstimos corrosivos da China» a quatro nações da América do Sul, informou a mesma mídia.
De acordo com um ensaio de June Teufel Dreyer, pesquisador sênior do Programa Ásia do Instituto de Pesquisa de Política Externa, as dificuldades que a antiga Rota da Seda criou em outros lugares antes de chegar à América Latina e ao Caribe já eram conhecidas, no entanto, a iniciativa foi recebida com entusiasmo. «Nas palavras de um economista latino-americano, muito foi prometido, pouco foi exigido».
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