Quito, 14 out (EFE)- O presidente do Equador, Lenín Moreno, revogará oficialmente nas próximas horas o polêmico decreto 883, que eliminava os subsídios aos combustíveis e que originou os protestos dos últimos 11 dias.
«Nas próximas horas derrogarei o Decreto 883. Fizemos uma escolha pela paz. Será expedido um novo decreto que garanta que os recursos cheguem a quem realmente necessita», escreveu o governante no Twitter.
En las próximas horas derogaré el Decreto 883. Hemos hecho una elección por la paz.
Se expedirá un nuevo decreto que nos asegure que los recursos lleguen a quienes realmente los necesitan.— Lenín Moreno (@Lenin) October 14, 2019
A mensagem foi publicada horas depois da confirmação de um acordo com os líderes indígenas para revisar uma decisão que atendia às reivindicações de austeridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outras entidades em troca de um pacote financeiro de US$ 10 bilhões.
A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) lembrou que «neste momento uma comissão trabalha na redação do decreto que o substitui».
«Festejamos a vitória, mas isto não termina até que o acordo seja totalmente concretizado», declarou.
Nesta manhã, vários indígenas começaram a retornar às suas casas nas diferentes províncias do país, após mais de uma semana de mobilização que paralisou a capital, Quito. Segundo Moreno, o diálogo recuperou a paz no Equador.
O país retoma aos poucos a normalidade após os dias de protestos, várias deles marcados pela violência. Sete pessoas morreram devido aos distúrbios, de acordo com as autoridades.
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