Por André Luís Woloszyn, Defesanet
Há indícios e pequenos sinais de que algo em grande escala está em andamento na América Latina e não se trata de teoria da conspiração e sim de probabilidade e na observação de eventos supostamente aleatórios.
O cenário de mobilizações populares violentas ocorridas recentemente em países como Equador, Colômbia, Peru e Chile são sinais evidentes que podem significar uma ampla estratégia de desestabilização política na parte latino-americana do continente, por meio de células autóctones, antes adormecidas, que ressurgiram com maior ímpeto, aplicando táticas dos Black Blocks, bem conhecidas no Brasil por seus atos de vandalismo e organização.
Especialmente no Chile, manuais apreendidos pela polícia daquele país trouxeram a tona esta realidade e observou-se que as estratégias e táticas usadas em todas as manifestações nestes países foram e são muito similares e que facilmente poderiam ser classificadas como terrorismo doméstico ou guerrilha urbana.
Dois pontos relevantes e ao mesmo tempo preocupantes foram citados por autoridades daqueles países: o desmantelamento gradual dos serviços de inteligência e sua transformação em inteligência de governo, o que segundo as fontes, impediu uma análise prospectiva fiel dos acontecimentos assim como o grau de probabilidade da eclosão destes movimentos, os quais estavam sendo gestados à pelo menos três meses e a infiltração de integrantes dos serviços de inteligência venezuelano e cubano nestes movimentos. A informação vinda de tais fontes podem não ser totalmente verdadeiras ou confirmadas, contudo, há alguma consistência nas argumentações, o que não afasta esta hipótese.
Se for assim, esta estratégia esta em seus estágios iniciais e se fortalece com o apoio de entidades como o Grupo de Puebla, reunidas no México. A tendência é de que estes movimentos se alastrem para outros países implantando a revolução Bolivariana criada por Hugo Chávez. Fazem lembrar o episódio conhecido como Primavera Árabe, onde países do Oriente Médio e Norte da África foram sacudidos de surpresa por ondas de protestos violentos que resultaram na queda de muitos governantes e suas ditaduras, entre os anos de 2010 e 2011 além das manifestações na França em 2018, lideradas pelos coletes amarelos.
Todos sabem e a história bem registra que é difícil resistir à forte pressão popular sem sujar as mãos, e neste sentido, ninguém está disposto a ser taxado de antidemocrático, além é claro, dos impedimentos legais, oriundos de um estado democrático de direito que impedem uma reação com a mesma intensidade e metodologia.
Nesta conjuntura, o Brasil não é exceção. Vem sofrendo constantes crises políticas e institucionais em diversas áreas e em curto espaço de tempo. O êxodo venezuelano em direção a Roraima, acarretando diversos problemas logísticos e econômicos e, mais recentemente, o desastre ambiental na Floresta Amazônica, com centenas de focos de incêndio dizimando parte da fauna e flora da região.
Dois meses após este incidente, um novo desastre, desta vez, marítimo, com o derramamento de toneladas de petróleo cru, de procedência venezuelana, um produto altamente tóxico, no litoral da região nordeste, com sérias implicações para a fauna marinha e ao turismo. Aliás, as duas últimas crises poderiam ter sido exploradas para uma mobilização nacional em defesa destes temas, aglutinando as forças políticas. Lamentavelmente, segmentos do governo não foram capazes de articulá-las, tampouco, oferecer uma pronta resposta a estes graves incidentes.
Além disso, há uma campanha permanente de desinformação em larga escala, além das chamadas Fake News, o que fomenta uma politização sem precedentes, beirando o conflito, por meio das redes sociais, situação surgida antes da campanha presidencial e que permanece com crescente força.
Na verdade, estamos vivendo em uma paz aparente enquanto sentados em um barril de pólvora, alienados do cenário internacional pelos problemas internos. Enquanto a direita se fragmenta em disputas por nacos de poder, as esquerdas se fortalecem na tradicional gangorra, entre idas e vindas.
É preciso lembrar que crises entre vizinhos, historicamente, acarretam em um efeito borboleta nos demais e não é de surpreender a ocorrência de forte mobilização popular num futuro próximo, com as mesmas características, pela mesma motivação e na defesa das mesmas causas.
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