Seul, 29 nov – A Coreia do Norte confirmou nesta sexta-feira (horário local) que testou um grande lançador de mísseis múltiplos nesta quinta e que o ditador do país, Kim Jong-un estava presente no teste.
Na quinta, o regime norte-coreano disparou com o novo sistema dois projéteis a partir de perto do município costeiro de Yeonpo, na província de South Hamgyong, na costa oriental do país. O gesto foi destinado a pressionar os Estados Unidos novamente.
Os mísseis voaram cerca de 380 quilômetros para o leste e atingiram um pico de cerca de 97 quilômetros, segundo as autoridades militares sul-coreanas, antes de cair nas águas do Mar do Japão – chamado Mar do Leste nas duas Coreias.
A agência de notícias estatal «KCNA» informou que, além de Kim Jong-un, figuras-chave do programa de armas de destruição em massa do regime estiveram presentes no teste, como o vice-diretor do Departamento de Construção de Máquinas, Kim Jong-sik, e o presidente da Academia de Ciências para a Defesa Nacional, Jang Chang-ha.
O ditador do norte demonstrou grande satisfação com o teste, que, de acordo com a agência, «certificou a superioridade militar e técnica deste sistema de armas».
Foi o 13º teste de armas realizado pela Coreia do Norte em 2019, o quarto em que é usado este lançador, que se acredita ser um sistema de 600mm de diâmetro. Os outros três aconteceram em 24 de agosto, 10 de setembro e 31 de outubro.
O teste desta quinta parece destinado a forçar Washington a aceitar novas condições no diálogo sobre o desarmamento, que está parado desde o início deste ano.
As negociações bilaterais não avançaram desde a cúpula fracassada de fevereiro, em Hanói, onde os EUA consideraram insuficiente a oferta de Pyongyang para desmantelar seus ativos nucleares e se recusaram a suspender as punições econômicas.
As duas partes se reuniram no início de outubro em Estocolmo, mas a reunião foi encerrada com os norte-coreanos acusando Washington de não oferecer nada de novo e de manter uma «política hostil» ativa contra eles.
A Coreia do Norte destacou que a Casa Branca tem até o final do ano para alterar as suas propostas, e os especialistas acreditam que, se não houver progressos, o regime poderá realizar novos testes de armas, especialmente mísseis de médio alcance, a partir de janeiro.
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