«Ridículas guerras sem fim», diz Trump ao retirar tropas americanas da Síria

Por EFE
07 de octubre de 2019 6:42 PM Actualizado: 07 de octubre de 2019 6:42 PM

Washington, 7 out (EFE)- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira que «está na hora de sair de ridículas guerras sem fim», ao justificar o anúncio da retirada das tropas americanas da Síria, e ressaltou que seu governo só entrará batalhas em que o beneficiem.

«Está na hora de sairmos destas ridículas guerras sem fim, muitas delas tribais, e trazer nossos soldados para casa. Lutaremos onde for para o nosso benefício, e só lutaremos para ganhar. Turquia, Europa, Síria, Irã, Iraque, Rússia e os curdos terão que solucionar a situação e ver o que querem fazer com os combatentes capturados pelo Estado Islâmico na sua ‘vizinhança'», argumentou Trump no Twitter.

O governante anunciou na noite de domingo, de maneira surpreendente, a saída das tropas americanas do norte da Síria em devido à iminente operação militar da Turquia contra as milícias curdo-sírias nessa região. Os EUA não querem se envolver no ataque.

Em comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, explicou que Trump informou a decisão ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante uma conversa por telefone.

No fim de semana passado, Erdogan advertiu que é «iminente» uma intervenção militar em território sírio contra as milícias curdo-sírias a leste do rio Eufrates. Segundo ele, acabou a paciência da Turquia para esperar o apoio dos EUA nesta ação.

O objetivo da operação é acabar com as milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), um dos mais fiéis aliados dos EUA na luta contra o Estado Islâmico (EI), mas consideradas «terroristas» pela Turquia devido aos vínculos com o proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda ativa na Turquia.

No comunicado, a Casa Branca também anunciou que, a partir de agora, a Turquia «será responsável» por todos os combatentes do EI que se encontram no norte da Síria e que foram capturados nos dois últimos anos, após o grupo jihadista perder o controle territorial dessa área.

Trump também se queixou da recusa de alguns países europeus a receber e julgar os seus cidadãos que se tornaram soldados do EI. Segundo o republicano, os EUA não assumirão mais esse custo.

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