Os sindicatos dos Correios de todo o país entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (11).
A categoria se coloca contra a privatização da empresa, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro. Além disso, pedem reajuste salarial com reposição da inflação do período.
A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) informaram que todos os 36 sindicatos aderiram à greve.
Os sindicatos argumentam que a direção dos Correios, “a mando do governo, se negou a negociar com os trabalhadores”.
Eles alegam ainda que a intenção do governo é “acabar com os benefícios da categoria” e que por isso, “se negam a negociar o Acordo Coletivo”.
O que diz a empresa
De acordo com os Correios, a empresa participou de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões.
“As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela empresa”, frisou.
Os Correios ainda salientam que, no momento, “o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população”.
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