Washington, 3 jan – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que ordenou o ataque que matou o comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã, Qasem Soleimani, para parar uma guerra, não para começar uma.
«Agimos na noite passada para parar uma guerra, não para iniciar uma. (…) Não buscamos uma mudança no regime (do Irã). No entanto, as agressões do regime iraniano na região, incluindo o uso de combatentes para desestabilizar seus vizinhos, deve acabar e deve acabar agora», afirmou Trump em um pronunciamento na Flórida.
Apesar de tentar acalmar os ânimos depois do ataque que provocou promessas de vingança por parte do Irã, Trump disse estar preparado para responder qualquer represália militar por parte de Teerã.
«Os EUA têm de longe o melhor exército do mundo, temos a melhor inteligência do mundo. Se os americanos em qualquer lugar do mundo são ameaçados, já temos os objetivos identificados. Estou pronto e preparado para tomar qualquer ação que seja necessária e isso se refere em particular ao Irã», alertou.
Sem apresentar qualquer tipo de prova, Trump afirmou que Soleimani estava planejando «ataques iminentes» contra militares e diplomatas americanos.
«Soleimani fez da morte de pessoas inocentes uma paixão doentia, contribuindo para complôs terroristas tão distantes como em Nova Délhi e Londres. Ele realizou atos de terror para desestabilizar o Oriente Médio nos últimos 20 anos», acusou o presidente americano.
«Fizemos o que deveria ter sido feito há muito tempo, muitas vidas teriam sido salvas», completou Trump, em uma crítica velada a seus antecessores no cargo.
Trump responsabilizou Soleimani pela morte de um empreiteiro americano em um ataque contra uma base militar no Iraque e afirmou que o general iraniano também orquestrou a invasão à embaixada dos EUA em Bagdá.
O Pentágono anunciou ontem que Trump havia ordenado o ataque a Soleimani, que estava em um veículo perto do aeroporto da capital iraquiana. Em nota, a Casa Branca disse que o general iraniano estava planejando ataques contra funcionários americanos na região.
O Iraque prometeu retaliar os responsáveis pela morte de Soleimani.
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