Por GQ Pan, Epoch Times
Em meio à crescente preocupação com a subversão ideológica de Pequim e a infiltração nos campi dos EUA, a Universidade de Columbia cancelou abruptamente um painel de discussão sobre violações de direitos humanos pelo regime comunista chinês um dia antes do evento programado.
Segundo o Columbia Daily Spectator, jornal estudantil da universidade, os organizadores do evento foram notificados de que não haviam reservado um lugar «pelos canais oficiais», então o evento teve que ser cancelado. Eles também foram informados de que alguns estudantes estavam planejando protestar contra o evento.
Teng Biao, destacado advogado chinês de direitos humanos que pretendia participar do painel de 14 de novembro, escreveu no Twitter que a Associação de Estudantes e Estudiosos Chineses Pró-Pequim (CSSA, na sigla em inglês) provavelmente está por trás do cancelamento.
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«Dentre todos os grupos de estudantes chineses em universidades estrangeiras, apenas a CSSA tem o poder de organizar atividades políticas, como um protesto contra uma mesa redonda», escreveu Teng. «E ontem à noite ouvimos dizer que os estudantes chineses da Columbia protestaram no local onde deveríamos conversar».
Teng disse que estudantes chineses a favor da democracia disseram a ele que as CSSAs de todas as instituições americanas reportarão eventos do campus como esse ao consulado chinês, que instruirá os estudantes a favor de Pequim para que interfiram.
“Um grupo de estudantes chineses, provavelmente da CSSA, ameaçou a Universidade de Columbia de cancelar uma mesa redonda sobre direitos humanos em Hong Kong, Tibete, Turquestão Oriental, Uigures e China. E eles bloquearam a discussão com sucesso”, continuou Teng. «Um insulto extremo à liberdade de expressão neste país.»
Co-organizado por grupos da Anistia Internacional da Universidade de Nova Iorque e Columbia, o painel “Panopticismo com características chinesas: violações dos direitos humanos pelo Partido Comunista Chinês e como elas afetam o mundo” apresentaria alguns dos críticos mais diretos do regime comunista chinês. Além de Teng Biao, a lista de participantes também incluía Rose Tang, uma sobrevivente do massacre da Praça da Paz Celestial; o exilado tibetano Dorjee Tseten; a ativista juvenil de Hong Kong, Roxanne Chang, e Rushan Abbas, defensora dos direitos humanos dos uigures.
Em uma declaração conjunta, os participantes criticaram estudantes chineses pró-Pequim por «incidentes de flagrante vandalismo, expressões de ódio e agressão física», citando o evento cancelado de Columbia como o mais recente exemplo de «uma tendência preocupante» nas universidades americanas.
«Estamos extremamente preocupados com o fato de as universidades americanas, refúgios seguros que acolhem a todos, faróis de liberdade, independência e verdade, tenham se convertido em campos de batalha e tenham sido feitas vítimas da ditadura que é o regime comunista chinês», diz a declaração conjunta. “É chocante que o Partido Comunista Chinês, responsável pelo genocídio de milhões de tibetanos, uigures, mongóis e chineses há uma década, tenha exercido seu poder sobre as instituições educacionais americanas nas quais são protegidas as liberdades acadêmicas e a liberdade de expressão”.
“Estamos profundamente perturbados por testemunhar esse infeliz incidente em uma universidade de prestígio como a Universidade de Columbia. É um sinal de quão profundamente o comunismo chinês se infiltrou em nossas instituições acadêmicas e exerce sua influência.”
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