Por Voice of America
De acordo com a Provea, ONG que monitora o respeito aos direitos humanos na Venezuela, índios pemones residentes no município de Gran Sabana, no sul do estado de Bolívar, denunciaram que bandos armados se mudaram para seus territórios e se apropriaram de áreas de mineração e que na sexta-feira (22) um desses grupos entrou atirando em uma de suas comunidades.
O evento ocorreu na comunidade indígena de Ikabarú. Entre os mortos estão um aborígene da etnia Pemón e um oficial da Guarda Nacional.
Humberto Prado, Comissário de Direitos Humanos e Atenção às Vítimas do governo responsável, condenou o massacre e, além de exigir “respeito e proteção” para o povo indígena, insistiu que os fatos sejam investigados pela recém-criada Comissão de Determinação de Fatos da ONU, porque como ele disse, a falta de independência de poderes na Venezuela não garante credibilidade dos resultados.
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Por outro lado, o deputado da oposição Ángel Medina denunciou que, na região, grupos irregulares estão operando diante do controle dos recursos de ouro.
“Paramilitares do ELN atuam violentamente para controlar o território. O que aconteceu em Ikabarú faz parte de todo um esquema violento que foi levantado nos últimos meses para assumir violentamente o controle da mineração em larga escala”, disse o parlamentar à Voice of America.
Um promotor regional está encarregado de investigar o acontecido. Desde 2016, esse tipo de disputa pelo controle da exploração de ouro tem sido registrado.
O presidente encarregado Juan Guaidó convocou novamente os membros da Força Armada Nacional para enfrentar os grupos irregulares.
“Estão massacrando nossos ancestrais, nossos aborígines e devemos defendê-los, devemos exercer soberania, devemos repelir os grupos irregulares, os guerrilheiros, de uma vez por todas e não será pedindo por favor, como fizeram há um ano, será como for necessário, devemos combater o ELN com chumbo grosso, os guerrilheiros e os paramilitares, seja o que for, ou vamos permitir que o ELN roube nosso ouro e também massacre nosso povo indígena”, disse Guaidó.
Ele chamou os venezuelanos novamente para protestar nas ruas do país nesta segunda-feira (25) ao meio-dia e disse que, se outros países quiserem ajudar, eles podem fazê-lo, mas nesse sentido, e enfatizou a necessidade de manter cidadãos que protestam nas ruas de uma maneira sustentada.
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