Por Sebastian Puerta, Epoch Times
Evaliz Morales Alvarado, filha do ex-presidente boliviano Evo Morales, que está asilada na embaixada mexicana desde 11 de novembro, retirou seu pedido de asilo ao México e o pedido de condução segura para sua saída da Bolívia em 21 de novembro antes sequer de tê-lo enviado. Saiba as causas da sua decisão.
A ministra das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, informou ontem (22) quando saía do palácio do governo que a jovem desistiu de seu pedido.
“Ela desistiu do asilo, essa é uma decisão muito soberana e muito particular dela (…). Não há nenhuma ordem judicial (contra ela)”, afirmou a ministra segundo informações divulgadas pelo jornal Los Tiempos.
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Longaric não deu maiores informações sobre a permanência de Morales Alvarado na embaixada do México; no entanto, acrescentou: “O embaixador mexicano entregou uma nota pessoalmente na qual a jovem desiste de dois procedimentos. A filha do ex-presidente Evo Morales decidiu retirar o pedido de asilo, embora ontem já tivéssemos dado a autorização”, segundo o jornal La Razón.
A filha do ex-presidente recebeu sua autorização de saída em 19 de novembro. Jeanine Añez, presidente interina da Bolívia, compartilhou o anúncio da concessão da condução segura em sua conta do Twitter.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores compartilhou a notícia com um tom urgente. O tuíte fala sobre a entrega da condução segura a Morales Alvarado, e também a entrega a uma segunda pessoa chamada María Inocencia Poñe Poichee, uma indígena.
#URGENTE | El @MRE_Bolivia ha autorizado los salvoconductos para Evaliz Morales Alvarado y Maria Inosenta Poñe Poichee que se encuentran asiladas en la @EmbaMexBol.
— Cancillería Bolivia (@MRE_Bolivia) November 19, 2019
Além de Poñe Poichee e Morales, outros 10 ex-ministros do Movimento do Socialismo (MAS) e o oficial de segurança da informação do Corpo Plurinacional Eleitoral (EPO) solicitaram uma saída segura, como confirmado pelo jornal Los Tiempos da Bolívia.
No grande grupo de candidatos, que possui um alto nível hierárquico no governo de Morales, existem conselheiros, ex-governadores e diretores de agências.
Diante da enxurrada de pedidos, o ministro presidencial Xerxes Justiniano disse em informações compartilhadas por ele: «Se você quer uma lei que garanta que não haja perseguição política, não temos problemas».
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores respondeu às publicações de alguns meios de comunicação esclarecendo que não haviam sido dadas conduções seguras às pessoas que solicitaram asilo, além daquelas dadas a Morales sua filha e Poñe.
Em meio à confusão sobre os pedidos de asilo, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia enviou uma declaração expressando um protesto formal ao governo mexicano por não respeitar uma declaração sobre asilo territorial, adotada pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 1967, que consiste em:
«Os Estados que concedem asilo não permitirão que solicitantes de asilo participem de atividades contrárias aos propósitos e princípios das Nações Unidas.»
Tudo isso se deve a publicações recentes, nas quais certos apoiadores do ex-presidente Morales recebem instruções para gerar desordens no país.
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