Iniciada campanha para expulsar tirania de Maduro da ONU

Apesar de suas constantes violações dos direitos humanos, o Chavismo agora tem assento no Conselho de Direitos Humanos

Por SABRINA MARTÍN
20 de octubre de 2019 9:50 PM Actualizado: 20 de octubre de 2019 10:08 PM

Foi iniciada uma campanha mundial para conseguir a expulsão da Venezuela do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (UNHRC), depois que o regime de Nicolás Maduro ganhou os votos para entrar no Conselho. Diego Arria, ex-presidente do Conselho de Segurança da ONU, preside a iniciativa que consiste na coleta de centenas de assinaturas.

As organizações de direitos humanos ficaram indignadas com o fato de 105 países terem votado a favor da tirania na Venezuela, sentando-se no Conselho de Direitos Humanos. Diante dessa situação, iniciaram uma campanha de coleta de assinaturas, com base na Resolução 60/251, que visa suspender a Venezuela, como ocorreu em 2011 com a Líbia.

Leia também:

O texto promovido pela United Nations Watch, uma organização não governamental com sede em Genebra, Suíça, indica que a iniciativa surge diante «da violação grave e sistemática dos direitos humanos», como execuções extrajudiciais, tortura, condições de prisão com risco de vida, existência de prisioneiros políticos, restrições à liberdade de imprensa, corrupção, repressão, tráfico de pessoas, entre outros.

A tirania de Maduro concorreu ao Conselho, apesar de ele ser acusado de flagrante violação dos direitos humanos por suas autoridades. Diante dessa situação, a Costa Rica decidiu concorrer contra o regime venezuelano e impedir sua entrada. No entanto, o país da América Central não obteve votos suficientes.

De acordo com os regulamentos internos, os candidatos ao Conselho UNHRC devem promover e proteger os direitos humanos em seus próprios países e no exterior. Além disso, eles devem manter os padrões de promoção e proteção do UNHRC e cooperar plenamente com o Conselho.

Leia também:

Em agosto passado, a Venezuela se tornou o primeiro país latino-americano a ser investigado pelo próprio Conselho de Direitos Humanos, que aprovou a criação de uma comissão para estudar os abusos do regime. Uma missão encarregada investigará execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes que ocorreram na Venezuela desde 2014 com Maduro no poder.

Para o Serviço Internacional de Direitos Humanos (ISHR), uma ONG sediada em Genebra, a Venezuela não atende aos requisitos para fazer parte do órgão da ONU. O ISHR avalia a cada ano a cooperação de candidatos com as Nações Unidas e seu apoio aos direitos humanos, no caso venezuelano, considera que falha em 14 dos 15 critérios.

O objetivo é expulsar o regime da ONU.

Leita também:

Arria, que esteve presente na sessão de votação que permitiu à Venezuela entrar no Conselho de Direitos Humanos, também observou que, embora tenha sido uma vitória para o regime Maduro, também serviu para saber quantos países são contra a tirania.

O especialista explicou que 96 países votaram a favor da entrada da Costa Rica, para que quase 100 nações fossem contra o regime chavista. Arria disse que, com um trabalho de lobby internacional não apenas do governo do presidente Juan Guaidó, mas também dos países da região, o próximo passo será obter 11 votos integrados aos 96 para tentar retirar as credenciais do «narcotráfico» na ONU

Este artigo foi publicado originalmente no PanAm Post.

********

Assista também:

Como a Coreia do Norte obteve sua tecnologia nuclear?

Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando

¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.