Foi iniciada uma campanha mundial para conseguir a expulsão da Venezuela do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (UNHRC), depois que o regime de Nicolás Maduro ganhou os votos para entrar no Conselho. Diego Arria, ex-presidente do Conselho de Segurança da ONU, preside a iniciativa que consiste na coleta de centenas de assinaturas.
UN WATCH fundación de derechos humanos radicada en Ginebra q por años defiende nuestros derechos me ha designado para presidir campaña mundial para desalojar a Maduro del ConDerHumanos ONU. Lo lograremos con tu apoyo pic.twitter.com/0lDfkvqIro
— Diego E. Arria (@Diego_Arria) October 18, 2019
As organizações de direitos humanos ficaram indignadas com o fato de 105 países terem votado a favor da tirania na Venezuela, sentando-se no Conselho de Direitos Humanos. Diante dessa situação, iniciaram uma campanha de coleta de assinaturas, com base na Resolução 60/251, que visa suspender a Venezuela, como ocorreu em 2011 com a Líbia.
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O texto promovido pela United Nations Watch, uma organização não governamental com sede em Genebra, Suíça, indica que a iniciativa surge diante «da violação grave e sistemática dos direitos humanos», como execuções extrajudiciais, tortura, condições de prisão com risco de vida, existência de prisioneiros políticos, restrições à liberdade de imprensa, corrupção, repressão, tráfico de pessoas, entre outros.
SHAME: Venezuela dictator Nicolás Maduro destroyed his country, starved his people & crushed dissidents. So the U.N. just now elected him to its "Human Rights Council."
Also elected:
?? Mauritania, which has 500,000 slaves – won 89% of votes
?? Libya – 87%
?? Sudan – 91% pic.twitter.com/0MQO1v1gGe— Hillel Neuer (@HillelNeuer) October 17, 2019
A tirania de Maduro concorreu ao Conselho, apesar de ele ser acusado de flagrante violação dos direitos humanos por suas autoridades. Diante dessa situação, a Costa Rica decidiu concorrer contra o regime venezuelano e impedir sua entrada. No entanto, o país da América Central não obteve votos suficientes.
De acordo com os regulamentos internos, os candidatos ao Conselho UNHRC devem promover e proteger os direitos humanos em seus próprios países e no exterior. Além disso, eles devem manter os padrões de promoção e proteção do UNHRC e cooperar plenamente com o Conselho.
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Em agosto passado, a Venezuela se tornou o primeiro país latino-americano a ser investigado pelo próprio Conselho de Direitos Humanos, que aprovou a criação de uma comissão para estudar os abusos do regime. Uma missão encarregada investigará execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes que ocorreram na Venezuela desde 2014 com Maduro no poder.
Para o Serviço Internacional de Direitos Humanos (ISHR), uma ONG sediada em Genebra, a Venezuela não atende aos requisitos para fazer parte do órgão da ONU. O ISHR avalia a cada ano a cooperação de candidatos com as Nações Unidas e seu apoio aos direitos humanos, no caso venezuelano, considera que falha em 14 dos 15 critérios.
O objetivo é expulsar o regime da ONU.
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Arria, que esteve presente na sessão de votação que permitiu à Venezuela entrar no Conselho de Direitos Humanos, também observou que, embora tenha sido uma vitória para o regime Maduro, também serviu para saber quantos países são contra a tirania.
O especialista explicou que 96 países votaram a favor da entrada da Costa Rica, para que quase 100 nações fossem contra o regime chavista. Arria disse que, com um trabalho de lobby internacional não apenas do governo do presidente Juan Guaidó, mas também dos países da região, o próximo passo será obter 11 votos integrados aos 96 para tentar retirar as credenciais do «narcotráfico» na ONU
Este artigo foi publicado originalmente no PanAm Post.
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