Por Eduardo Tzompa, Epoch Times
O enviado especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams, declarou que os regimes de Cuba e Venezuela são aqueles que fomentam os distúrbios que estão ocorrendo na América Latina.
Em uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, 27 de novembro, a autoridade se manifestou contra os recentes protestos na Colômbia, Bolívia, Chile e Equador e acusou as ditaduras castrista e chavista de estarem por trás dos incidentes.
Abrams salientou que nos países afetados havia a presença de cubanos e venezuelanos envolvidos nos distúrbios, que acabaram sendo expulsos ou presos.
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“Está começando a aparecer evidências de um esforço dos regimes de Cuba e Venezuela de exacerbar os problemas na América do Sul. É óbvio e há algumas evidências, por exemplo, as expulsões. Há um caso na Bolívia da prisão de (quatro) cubanos que levavam consigo US$ 100 mil em dinheiro”, disse Abrams.
Além do caso dos cubanos presos, ele mencionou a recente expulsão de 59 venezuelanos acusados de incentivar revoltas contra o governo do presidente colombiano Iván Duque.
Abrams também reafirmou o compromisso dos Estados Unidos de ajudar a devolver a democracia à Venezuela e alertou que eles seguirão «de muito perto o que cubanos e venezuelanos estão fazendo na América do Sul».
Ahora #EnVivo: Representante Especial para #Venezuela Elliott Abrams en rueda de prensa. https://t.co/HOAyoI6CAN
— Embajada Virtual de los EE.UU., Venezuela (@usembassyve) November 27, 2019
Além disso, confirmou que, em 3 de dezembro, será realizada em Bogotá uma reunião dos países que compõem o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), quando se espera que novas sanções sejam aprovadas contra membros do regime de Nicolás Maduro.
«Esperamos adotar de maneira coordenada restrições e negação de visto contra várias dezenas de oficiais» do regime chavista, disse o diplomata.
Em relação às sanções dos EUA contra a Venezuela, ele disse que as «sanções não abrangem alimentos e medicamentos. O regime em Caracas pode comprar todos os medicamentos e alimentos que desejar, inclusive dos EU. O drama da Venezuela é que Maduro não está está comprando o suficiente porque dedica a maior parte de sua produção de petróleo à Rússia, China e Cuba.”
Em seus comentários, ele também mencionou os seis funcionários da Citgo (empresa subsidiária de petróleo da PDVSA em Houston) que estão presos há dois anos na Venezuela e explicou que eles estão sendo mantidos em condições deploráveis e sem o direito do devido processo legal. Ele anunciou que a Casa Branca estará à procura da próxima audiência que será realizada em 2 de dezembro e alegou que os americanos cancelaram 27 audiências até agora.
O caso dos funcionários presos em 2017 tem sido um dos pontos de tensão entre o governo Donald Trump e o regime de Maduro. Em 2017, executivos foram presos pelo regime de Maduro, acusados de desvio de verbas públicas, contrato entre autoridade pública e empreiteiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre outros. No entanto, seus parentes alegam que as acusações de corrupção são falsas, e o governo dos Estados Unidos os considera «prisioneiros políticos» e pede sua libertação desde então.
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