Trump anuncia «cessar-fogo permanente» na Síria e revoga sanções à Turquia

Por EFE
23 de octubre de 2019 3:55 PM Actualizado: 23 de octubre de 2019 3:55 PM

Washington, 23 out – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira que a Turquia se comprometeu com um «cessar-fogo permanente» na Síria e que, como consequência, ele ordenou a suspensão de todas as sanções americanas impostas neste mês contra três ministros turcos.

«Nesta manhã, o governo da Turquia informou ao meu governo que vai parar os combates e tornar permanente o cessar-fogo», disse Trump a jornalistas na Casa Branca.

Trump ordenou ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que inicie o processo para suspender as sanções aplicadas em 14 de outubro aos três ministros.

«As sanções serão revogadas, a não ser que aconteça algo que não nos deixe satisfeitos (…). Nos reservamos o direito de reimpor sanções fragilizantes, incluindo mais tarifas ao aço e aos demais produtos da Turquia «, declarou Trump.

O presidente americano opinou que o compromisso da Turquia com um cessar-fogo definitivo «é um resultado criado pelos Estados Unidos, e não por nenhuma outra nação», em uma clara referência à Rússia, que ontem selou um acordo com a Turquia para criar uma zona de segurança no norte da Síria.

«Outras nações decidiram ajudar, e acreditamos que isso é muito bom», afirmou Trump, que foi criticado em Washington por ter criado um vazio – ao ordenar a retirada das tropas americanas do norte da Síria – que a Rússia se apressou em preencher.

«O anúncio de hoje valida a nossa forma de proceder com a Turquia, que há apenas duas semanas foi criticada, e agora as pessoas estão dizendo: ‘uau, que grande resultado, parabéns’. É cedo para que me parabenizem, mas fizemos um grande trabalho, salvamos muitas vidas», elogiou-se.

Trump agradeceu a Erdogan, a quem descreveu como «um homem que ama seu país e que acredita que está fazendo o certo», e insinuou que manterá de pé a reunião que tinha marcado com ele para 13 de novembro em Washington.

O presidente americano também afirmou que conversou por telefone com o comandante das Forças da Síria Democrática (FSD), Mazlum Abdi, e lhe agradeceu pela «grande força».

O presidente dedicou parte de seu pronunciamento a criticar a gestão de seus antecessores para os temas do Oriente Médio, alegando que gastaram «trilhões de dólares» sem «nunca querer realmente ganhar essas guerras». Além disso, defendeu a intenção de se afastar da região.

«Vamos deixar que outros lutem por estas terras manchadas de sangue há tanto tempo», finalizou.

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