Trump recebe chanceler Ernesto Araújo na Casa Branca

Por Agência Brasil
30 de agosto de 2019 10:26 PM Actualizado: 30 de agosto de 2019 10:26 PM

O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, reuniu-se hoje (30) com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, também participou do encontro.

“Foi um excelente encontro. Um encontro muito raro, deve ser uma das primeiras vezes que o presidente americano recebe pessoas que não são chefe de Estado. Isso foi uma deferência especial que mostra o caráter que tem hoje a relação Brasil-Estados Unidos”, avaliou o chanceler brasileiro.

O encontro na capital dos Estados Unidos ocorreu menos de uma semana depois da repercussão dos incêndios na Amazônia Legal durante reunião do G7 – grupo formado pelas nações mais industrializadas do mundo, que inclui Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – em Biarritz, na França.

Washington (Estados Unidos), 30/08/2019. – O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araujo (D) e Eduardo Bolsonaro (C), filho do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. A delegação se reuniu com o presidente dos EUA, Donald J. Trump, para discutir incêndios na Amazônia e outras questões bilaterais entre os dois países (Foto: EFE / EPA / ERIK S. LESSER)

De acordo com Araújo, a visita à Casa Branca serviu para “agradecer a atuação no presidente Trump no G7 de contestar (…) ideias de que é preciso algum tipo de internacionalização da Amazônia”.

“O mundo inteiro sabe que o Brasil e os Estados Unidos têm uma relação diferenciada. Isso é importante neste momento que alguns países, talvez, um país está com ideias esquisitas sobre a nossa soberania na Amazônia. Não um país, mas um determinado líder”.

Livre comércio

Antes do início da reunião do G7, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que poderia não ratificar o recente acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia se o Brasil não desse fim às queimadas na Floresta Amazônica e chegou a falar em “internacionalização da Amazônia”.

Nos últimos dias, o governo federal mobilizou o Exército para combater o fogo na Amazônia e liberou R$ 38 milhões para ações de controle dos incêndios. o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, declarou que a ajuda prometida pelo G7 aos países afetados pelos incêndios na região amazônica é “bem-vinda” e o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto proibindo queimadas na região por 60 dias.

A inciativa do governo brasileiro na Amazônia após a reunião do G7 já obteve resultados. A Operação Verde Brasil, que reuniu várias agências públicas em torno do combate aos incêndios na Amazônia Legal, registrou diminuição nos focos de queimada.

O deputado Eduardo Bolsonaro confirmou na saída do encontro com Donald Trump que agradeceu pessoalmente o apoio norte-americano durante a reunião do G7 e assinalou a aproximação entre o Brasil e os EUA. “Todos os líderes que tentarem subjugar a soberania nacional encontraram problemas não só com o Brasil, mas também com os Estados Unidos.”

“Não podemos aceitar no Brasil é Macron, da maneira como ocorreu, falando e atentando contra a nossa soberania nacional depois vir querer fazer algum tipo de ajuda. Não é uma ajuda que vem de bom coração, é uma ajuda que vem com interesses outros”, considerou o deputado.

O presidente Jair Bolsonaro já anunciou que pretende indicar Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “O presidente Trump, espontaneamente, reforçou a sua intenção, de maneira bem educada, de apoiar a minha candidatura”, disse o parlamentar. “São os senadores que vão decidir o meu futuro quanto à possibilidade de ser embaixador”, completou Eduardo Bolsonaro.

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