O deputado e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou protestos para amanhã (9), sexta-feira (10) e sábado (11). A convocação acontece logo após sua reeleição para o cargo de presidente da Assembleia Nacional.
Guaidó disse ainda que chamará a população a uma grande marcha, a ser realizada na próxima terça-feira (14), para «irmos todos juntos para a Assembleia».
«É um chamado às ruas. É hora de se levantar e posicionar-se com força. Vamos nos mobilizar nas ruas quinta, sexta e sábado. E na terça-feira vamos todos juntos à Assembleia Nacional”, afirmou Guaidó, em uma tentativa de mobilizar a população e dar novo ânimo aos protestos.
Guaidó passou alguns meses sem conseguir mobilizar os venezuelanos afetada. Ao fracassar em destituir o presidente Nicolás Maduro do poder, sua popularidade caiu para 39% em dezembro passado, depois de atingir 76% em março de 2019, segundo pesquisa da Datanálisis.
«Não pretendo ser um messias. Não estou pedindo uma segunda chance para Guaidó, estou pedindo uma segunda chance para a Venezuela”, disse o líder de oposição a Maduro.
Entenda
Guaidó foi reeleito para o cargo de presidente da Assembleia Nacional (AN) venezuelana pelos votos de 100 deputados de oposição, no último domingo (5). Ele precisava de 84 votos para ser reconduzido.
Em um dia tumultuado, com Guaidó e outros deputados de oposição tendo sido impedidos de entrar no palácio legislativo, a votação aconteceu de forma improvisada na sede do jornal El Nacional.
Ao mesmo tempo, dentro do palácio legislativo, em uma sessão sem quórum, Luis Parra era eleito presidente do Parlamento por deputados apoiadores de Maduro.
Ontem (7), em uma nova tentativa de demonstrar sua legitimidade no cargo, Guaidó foi novamente ao prédio da AN e, desta vez, conseguiu entrar no prédio, onde discursou em uma sessão legislativa.
Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando
¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.