Maduro solicita devolução de ‘desertores’ militares detidos no Brasil

Por EFE
28 de diciembre de 2019 10:21 PM Actualizado: 28 de diciembre de 2019 10:25 PM

Nicolás Maduro anunciou no sábado que ativou «procedimentos diplomáticos» para solicitar ao Brasil a entrega de cinco «desertores» militares venezuelanos que estavam detidos no estado de Roraima e que são acusados pelo ataque a um quartel militar no sul da Venezuela.

 «Os procedimentos diplomáticos necessários já começaram a ser ativados para solicitar e facilitar a entrega desse grupo de cidadãos envolvidos em eventos tão graves», afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em comunicado.

 «A Venezuela aspira ter a maior colaboração das autoridades da República Federativa do Brasil, como resultado da cooperação que deve prevalecer entre os estados na luta contra o terrorismo e as ameaças à paz social», acrescentou no documento.

 O Exército Brasileiro deteve na quinta-feira no estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, cinco militares venezuelanos em uma reserva indígena e começou a interrogá-los para estabelecer os motivos de sua presença no país, informou o Ministério da Defesa e Relações Exteriores na sexta-feira em uma declaração.

 A nota indica que os militares estavam «desarmados», mas não esclarecem se foram presos.

 A Venezuela disse no sábado que esses combatentes são «desertores» das Forças Armadas e responsáveis ​​pelo ataque em 22 de dezembro de uma instalação militar na Gran Sabana, que culminou na morte de um oficial e no roubo de 120 rifles de assalto e 9 lançadores de granadas.

O regime de Maduro também acusou o Brasil, Colômbia, Peru e Equador de facilitar a movimentação e o treinamento do grupo nesta semana, um sinal que esses países rejeitaram quase que imediatamente.

O governo do Brasil critica Maduro, o qual acusa pela crise na Venezuela, que se expressa em escassez cíclica, hiperinflação e êxodo que a ONU estima em mais de quatro milhões de pessoas.

Segundo dados oficiais, mais de 220.000 venezuelanos atualmente residem no Brasil e cerca de 500 entram no país todos os dias, a maioria através do estado de Roraima.

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