Viena, 26 set (EFE)- A Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) denunciou nesta quinta-feira que o Irã voltou a violar o acordo nuclear firmado em 2015, ao acumular urânio enriquecido na usina piloto de enriquecimento localizada em Natanz.
Os inspetores da agência autônoma da ONU identificaram hoje que todas as modernas centrífugas I+D do local estavam «acumulando ou preparadas para acumular urânio enriquecido», aponta relatório.
Desde maio, o Irã vem realizando de forma gradual violações do plano de ação conjunto, também chamado de JCPOA, como forma de pressão aos países europeus, para que garantam as concessões econômicas feitas no acordo, que foi abandonado pelos Estados Unidos no ano passado.
Inicialmente, o governo de Hassan Rohani começou a acumular mais urânio enriquecido do que o permitido, cujo limite é de 300 quilos, depois superou a pureza do material autorizada pelo acordo.
As novas violações estão relacionadas com o programa de I+D para centrífugas de nova geração, que são mais rápidas e mais eficientes dos que as utilizadas anteriormente, as IR-1.
Segundo o acordo, o Irã só pode realizar trabalhos com os novos equipamentos, durante uma década, com limites muito curtos e sem acumular urânio enriquecido, um material delicado, que tem aplicações civis e militares.
Além de acumular urânio nestas instalações, o país asiático anunciou que instalará novas centrífugas com outro tipo de máquinas (IR-2m, IR-5 e IR-6s), segundo relataram inspetores da AIEA.
Estas centrífugas são versões mais avançadas e rápidas que as convencionais do tipo IR-1. O Irã tem 5.060 equipamentos deste modelo mais antigo instalados em Natanz, na região central do país e mais mil em uma fábrica subterrânea em Fordo.
Um diplomata que acompanha o trabalho da equipe da AIEA explicou, em entrevista coletiva concedida em Viena, na Áustria, que está configurado o «aumento das capacidades nucleares».
O governo iraniano estaria implantando a terceira fase do programa de descumprimentos do acordo, depois que em julho superasse a quantidade e a pureza do urânio autorizados.
O pacto perdeu força com a saída dos Estados Unidos, no ano passado, e ainda diante da imposição do governo de Donald Trump por mais sanções ao Irã, que se intensificaram nos últimos dias.
O regime de Rohani, por sua vez, vem cobrando os países europeus que cumpram a parte do acordo que faz concessões econômicas aos iranianos.
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