O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, durante discurso, que uma eventual vitória da chapa peronista formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições presidenciais da Argentina, pode gerar um grande fluxo de imigrantes no Rio Grande do Sul, como aconteceu em Roraima.
«Não se esqueçam, aqui mais ao sul, o que aconteceu nas eleições de ontem. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma de Dilma Rousseff, que é a mesma de (Nicolás) Maduro e (Hugo) Chávez, e de Fidel Castro, deram sinal de vida aqui», afirmou, em referência aos dois últimos presidentes venezuelanos e o ditador cubano.
«Povo gaúcho, se essa ‘esquerdalha’ voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. Não queremos isso, irmãos argentinos fugindo para cá, tendo em vista, o que de ruim aparece e deve se concretizar por lá, caso essas eleições realizadas ontem se confirmem em outubro», completou.
Ontem, a chapa da Frente de Todos, formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, impôs uma dura derrota ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, nas eleições primárias realizadas no mesmo dia. Com 88,17% das mesas apuradas, o advogado tinha 47,34% dos votos. O atual mandatário, 32,25%.
A fala de Bolsonaro foi feita em um discurso realizado durante cerimônia na cidade de Pelotas, na região sul do Rio Grande do Sul. O ato marcou a inauguração de trechos da duplicação da BR-116, que cruza quase todo o país.
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