O Terça Livre ouviu nesta terça-feira (8/10), o general da reserva, Luiz Eduardo Rocha Paiva, diretor de geopolítica do Instituto Sagres – Planejamento e gestão estratégica aplicada, de Brasília, sobre as ameças possíveis à soberania nacional envolvidas na proposta do Corredor Triplo A, assunto que voltou à tona com o Sínodo da Amazônia.
Sobre a proposta do Corredor que pretende ligar os Andes ao Atlântico, passando pela Amazônia, o general afirma se tratar da “consequência de uma série de erros estratégicos por falta de visão de nossa liderança política e muito por conivência e conveniência dessa antiga liderança política que vem desde o presidente Collor até agora.”
Rocha Paiva destaca que o interesse internacional pela Amazônia vem de séculos, de 1800 para trás. E de acordo com ele, do governo Collor em diante houve processos que abriram a discussão da soberania brasileira na Amazônia.
Durante a entrevista ele detalhou como as pressões se desenvolveram do evento chamado Eco 92 até os dias de hoje, com pressões internacionais para a demarcação de terras indígenas nas fronteiras do país, que ganharam força nas últimas décadas.
Soberania ferida
O Brasil não aceitou discutir o Corredor Triplo A em Paris em 2015 e não vai aceitar agora, embora a ONU esteja tentando impor, afirma Paiva.
“A soberania já é limitada por pressões e coações, com gente dentro do Brasil mancomunada com ‘quinta-coluna’ [traidores] ou de forma ingênua, ou de forma deliberada“, reforça.
Rocha detalha o processo que passa pela ascensão da esquerda no Brasil, passando por PSDB e PT no poder, todas as pressões internacionais foram aceitas e praticamente sem questionamentos.
A figura muda com Bolsonaro, “que quer exercer a soberania inclusive nas terras indígenas, desenvolvendo as terras indígenas com a participação do indígena, com ganhos reais para o indígena“, e que tem como resposta a “gritaria internacional exacerbando o discurso de incêndios na Floresta“.
O general reforça o argumento destacando que o simples fato de estrangeiros conseguirem interferir e atrasar iniciativas brasileiras, com ajuda de agentes internos como ONG’s e demais, é o suficiente para demonstrar como a soberania brasileira já foi parcialmente perdida.
“A soberania brasileira na Amazônia não tem que ser garantida, ela tem que ser recuperada, porque uma parte dela nós já perdemos“, conclui.
Confira a entrevista completa
Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando
¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.