O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, instituição de pesquisa e consultoria afiliado ao Ministério do Comércio da China, assinaram hoje (4), em Brasília, um termo de cooperação técnica.
Segundo o Ipea, o acordo de cooperação bilateral possibilitará que as duas instituições realizem estudos conjuntos para subsidiar as ações e políticas públicas que visem à promoção das relações comerciais entre os dois países.
O memorando técnico começou a ser costurado em outubro, durante o 5º Fórum de Think Tanks China-América Latina e Caribe, realizado em Pequim como parte da agenda oficial de cooperação entre a China e os países da América Latina e do Caribe.
A assinatura do termo de cooperação técnica ocorreu esta manhã, durante a abertura de um seminário promovido pelos dois institutos para debater os desafios às relações econômicas entre Brasil e China (potência que é a maior importadora das commodities brasileiras).
Entre as diversas autoridades presentes, estava o vice-presidente da República, Hamilton Mourão; o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming; o presidente do Ipea, Carlos von Doellinger, e o vice-presidente do Caitec, Qu Weixi.
Destacando os resultados comerciais resultantes da boa relação entre os dois países, Mourão afirmou que a assinatura do memorando de entendimento “fortalece os laços de intercâmbio entre os dois países e aperfeiçoa as práticas em setores especializados”. Para o vice-presidente, a maior proximidade entre os dois institutos contribuirá para uma melhor compreensão mútua.
Já o presidente do Ipea classificou a aproximação com o instituto chinês como “estratégica”. “Não é um ato meramente protocolar. É uma aproximação que fortalece o debate sobre a criação de uma área de livre comércio”, declarou von Doellinger, reportando-se a um estudo no qual o Ipea avalia os possíveis impactos de um futuro acordo de livre comércio entre os dois países.
O embaixador chinês, Yang Wanming, fez eco às recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro, enfatizando a importância de Brasil e China estreitarem os vínculos para além das trocas comerciais. “As relações econômicas entre Brasil e China avançam de forma abrangente. Como o próprio presidente Bolsonaro afirmou durante o último encontro dos Brics, a China, cada vez mais, faz parte do futuro do Brasil”, disse Wanming.
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