Teerã, 6 nov – As autoridades iranianas informaram nesta quarta-feira que impediram a entrada de uma inspetora da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no complexo de enriquecimento de Natanz, dias atrás por receio de que ela transportasse «material suspeito».
De acordo com um comunicado da AIEA, «o alarme na porta de entrada foi ativado», a inspetora passou pela revista e «foi impedida de entrar no local».
O caso foi comunicado imediatamente à entidade – que monitora o programa atômico iraniano – e o governo do país solicitou a cooperação da AIEA para investigar o ocorrido.
A inspetora deixou o Irã e voltou a Viena, na Áustria, onde na quinta-feira haverá uma reunião do Conselho de Governadores da AIEA e o representante iraniano apresentará um relatório sobre o caso.
Outros inspetores da AIEA estiveram presentes nesta quarta-feira na usina nuclear subterrânea de Fordo para supervisar o início do processo de enriquecimento de urânio no local, anunciado na véspera pelo presidente do Irã, Hassan Rohani.
O mandatário explicou pelo Twitter que «o quarto passo do Irã para reduzir seus compromissos com o acordo nuclear começa hoje (quarta-feira) injetando gás em 1.044 centrífugas».
«Graças à política dos Estados Unidos e seus aliados, Fordo retornará em breve à plena operação», ressaltou, aludindo ao fato de que as sanções americanas e a saída dos EUA do acordo nuclear levaram o Irã a adotar essas medidas.
Na terça-feira passada, o chefe da AIEA, Ali Akbar Salehi, informou que Fordo irá enriquecer urânio «até 5%», assim como isótopos estáveis.
O acordo nuclear assinado em 2015, do qual os EUA se retiraram no ano passado, estipula um limite de enriquecimento de 3,67%, embora as autoridades iranianas tenham ultrapassado este nível em julho passado, atingindo 4,5%.
O enriquecimento de Fordo é o quarto passo na redução dos compromissos nucleares assumidos pelo Irã, após os adotados em maio, julho e setembro, com o objetivo de pressionar o resto dos signatários do acordo (Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) a contrariar as sanções dos EUA.
O pacto de 2015 limita o programa nuclear do Irã para que Teerã não desenvolva a bomba atômica, em troca da suspensão das sanções internacionais.
As medidas punitivas de Washington levaram o Irã a violar gradualmente o pacto, embora, segundo Teerã, todas as medidas tomadas sejam «reversíveis».
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