Foi protocolado hoje (20/11) no Senado Federal um pedido de impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro José Antônio Dias Toffoli.
Cinco nomes compõem a autoria do pedido: os procuradores Márcio Luís Chila Freyeleben, Renato Barão Varalda, Sílvio Miranda Munhoz, o promotor Hamilton Carneiro Júnior, e a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP).
Os autores justificam o pedido alegando que o ministro Toffoli violou a Constituição no caso dos 600 mil nomes da semana passada.
Entenda o caso dos 600 mil nomes
Na quinta-feira (14/11) o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, mandou o Banco Central (BC) enviar cópia dos relatórios de inteligência financeira produzidos pelo antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), atual UIF (Unidade de Inteligência Financeira).
Esta decisão do presidente do Supremo concedeu-lhe acesso aos dados sigilosos de 600 mil pessoas e empresas produzidos pelo Coaf nos últimos 3 anos.
Dos 600 mil documentos mencionados, 412.484 são de pessoas físicas e 186.173 de pessoas jurídicas.
No dia seguinte (15/11), o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que o ministro Toffoli revogasse a decisão. Poucas horas depois o presidente do Supremo respondeu que não voltaria atrás.
Este foi o estopim que desencadeou um manifesto grande e histórico pelo país contra a Suprema Corte.
A briga continuou. O presidente do Supremo acabou voltando atrás, mas a marca indelével permanece na memória do país.
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